Algumas empresas ainda cultivam uma cultura em que a Política de Segurança é valida apenas para funcionários de médio a baixo escalão. Para o alto escalão, só é valida na medida que não traga "inconvenientes". Como lidar com uma diretoria reticente ao cumprimento dos procedimentos de segurança dentro da empresa e quais podem ser as conseqüências para a organização?
O desafio de desenhar e implementar uma política de segurança empresarial está nas mãos do gestor de segurança, Devemos buscar construir esta política de segurança empresarial para o nosso negócio, com base na sua cultura, visão, missão, valores, objetivos e metas.
Muitas vezes, várias situações com que a nossa equipe de segurança se depara no desempenho de suas atividades, por exemplo, alguns conflitos interpessoais poderiam ser evitados, pois os colaboradores deixam de seguir uma orientação, por desconhecimento, na grande maioria das vezes, a segurança tem que intervir e orientá-lo, sendo que o colaborador pode alegar que nunca recebeu treinamento sobre este assunto, mas eventualmente, se multiplicarmos esta situação por vários colaboradores e diversas situações, no cômputo geral isso pode gerar um estresse e uma imagem negativa à equipe, o que pode dificultar o seu trabalho.
Uma pesquisa americana afirma que cerca de 87% dos problemas internos das organizações são ocasionados por funcionários que não conheciam os processos, os procedimentos e a política de segurança.
A segurança é uma questão de negócios, pois sem a devida identificação, análise e tratamento dos riscos potenciais e reais, a partir de sua concretização, podem interromper ou inviabilizá-lo. Entre várias definições de segurança, uma me parece bastante interessante, segurança é a consciência do risco, ou seja, a partir do momento em que temos uma visão clara das ameaças e perigos com que a nossa atividade convive e com uma visão clara de nossos controles e barreiras e suas respectivas vulnerabilidades, que nas mãos dos nossos oponentes se transformam em uma oportunidade para acessar o nosso recurso humano (um ataque terrorista ou uma ação criminosa, por exemplo, entre outras acões criminosas), nosso ativo intelectual (espionagem industrial, um vírus na rede, um ataque de um hacker, ou o furto de uma relação de e clientes ou da planilha detalhada de nossos custos, nossos bens e ativos, a marca, a imagem, nossos contatos comerciais, etc, sendo que uma gestão de segurança eficiente permite que os processos sejam desempenhados buscando-se a efetividade de suas ações, gerenciando o risco, de forma efetiva, fazendo uma analogia, quanto mais a tecnologia de um carro de fórmula um Aumenta, buscando minimizar os tempos de cronometragem, mais a segurança do piloto aumenta, com novos sistemas e processos, ou seja, a segurança permite uma maior performance por parte da empresa.
A política de segurança da empresa deve ser realista, para que sejam colocadas em vigor, a partir da compreensão de todos os colaboradores envolvidos (empregados, prestadores de serviço fixos (residentes), prestadores de serviço fixos (não residentes) e prestadores de serviço eventuais, representantes da comunidade, clientes e visitantes (dependendo da atividade chegamos ao público em geral)), lembrando que é importante que cada nível de organização participe do programa de capacitação mais adequado a sua realidade. O departamento de RH é um excelente parceiro nesta empreitada.
A política de segurança empresarial deve respeitar os seguintes preceitos, entre outros:
• A estratégia de segurança está alinhada com o negócio da empresa e a gestão de riscos;
• Planos e políticas bem delineadas;
• Possuir uma estrutura de gerenciamento de segurança;
• Um programa de educação e conscientização dos colaboradores sobre a importância dos ativos intelectuais e físicos, pois eles são os gestores destes recursos, desenvolvido e implementado;
• Desenvolvimento de auditorias para ajustar custos e aferir a efetividade dos processos implantados, formalizados ou não.
Quando falamos da praticidade focando na implantação e manutenção, isso representa o oposto a um calhamaço de papel com letras minúsculas, cheio de regras de bom comportamento e conduta, um amontoado de procedimentos que o funcionário fez de conta que leu, entendeu, assinou o protocolo e nunca mais olhou.
È muito importante criar um sistema com processos, escrito com procedimentos claros ou fluxo ou outra representação gráfica, que facilite a análise e o mapeamento, utilizando-se de entrevistas e questionários para consolidar toda informação disponível e posteriormente consolidá-la em um manual em papel ou em um arquivo eletrônico, facilitando o controle das revisões e possibilitando treinamento presencial ou a distância (e-learning).
Vale a pena lembrar que o Nirvana, não existe exatamente na Terra e quem faz acontecer a segurança são as pessoas, ou seja, as pessoas são as responsáveis por materializar este sonho, sendo que as pessoas são, fundamentalmente, o eixo mais vulnerável da segurança corporativa. Eles agem em relação a segurança de acordo com a forma com que a empresa gerência suas políticas, mas este trabalho, muitas vezes não é estruturado.
Algumas análises de riscos apontam que as ameaças internas, eventualmente são maiores que as externas, ou seja, voltamos a importância do envolvimento e comprometimento das pessoas, altos gastos em segurança, necessariamente não significam mais segurança, um efetivo desenvolvimento de uma política, envolvendo a área de segurança com as demais áreas da empresa, pode conseguir retornos fantásticos.
As causas mais comuns para uma política de segurança falhar são:
• Problemas de implementação;
• Falta de acompanhamento efetivo e ostensivo;
• Falta de método para medir a aderência aos seus programas;
• As regras devem ser implementadas e os funcionários e prestadores de serviço precisam entender por que podem executar uma tarefa e outra não, muitas vezes o colaborador não tem ideia de como a sua ação ou omissão pode impactar a área de segurança e, por conseguinte, a tingir a empresa como um todo.
A importância do planejamento estratégico na área de segurança empresarial é:
• Manutenção dos pontos fortes (estão sob o seu controle) do seu sistema;
• Conhecimento e adequação dos pontos fracos (estão sob o seu controle) do seu sistema;
• Conhecimento e utilização das oportunidades (não estão sob o seu controle);
• Conhecimento e cuidado com as ameaças (não estão sob o seu controle);
• Alinhamento da política de segurança empresarial com a visão, missão, valores, objetivos e metas da empresa;
• Possuir um plano efetivo de trabalho que define, entre outras ações, - o que, como deve ser, premissas básicas e previsão de recursos;
• Responder para cada objetivo - quando, quem, como e onde;
• Acompanhamento e feed back dos resultados do grupo;
A política de segurança deve ser validada pelo mais alto nível hierárquico da organização.
Algumas questões podem ajudar a definir diretrizes para a visão, valores e missão, lembrando que sempre devemos focar no cliente e não na empresa, por exemplo, eu posso elaborar um perfil mais adequado para um vigilante para atuar em um shopping, mas é muito mais eficiente, analisar o que o cliente externo (público) e o interno (lojistas), entre outros, possuem como expectativas na prestação de serviço de vigilância, ou seja, qual a atuação mais adequada e atingiremos a sua satisfação.
• Qual o nosso objetivo?
• Qual a nossa identidade corporativa?
• Quais as políticas da empresa?
• O que é característico na nossa organização?
• O que fazemos?
• Como fazemos?
• Onde fazemos?
• O que queremos vir a ser?
• O que requer o segmento em que atuamos? Na sequência anunciamos a visão, valores e missão, isso gera:
• Estímulo às pessoas;
• Permite a prospecção de novos caminhos e alternativas;
• Leva as pessoas a aderirem ou abandonarem situações;
É muito importante medir o desempenho, elaborando um sistema de métricas, utilização de critérios objetivos para o reconhecimento de pessoas, na sequência do processo, do sistema e depois do mercado (cliente externo ou interno), pois se a medição, não há como gerenciar o dia a dia das nossas atividades e nem controlar globalmente os resultados dos nossos esforços e da nossa razão de ser, existe um clima de transparência divulgando os resultados, cria-se uma cultura de busca da excelência ou "estado da arte".
Os indicadores estabelecidos na métrica para aferir a eficiência e a performance devem estar baseados em uma relação causa - efeito, procurando medir o resultado e indicar tendências.
Em relação a cada nível da organização, o sistema de medição deve atuar da seguinte forma:
• Estratégico - Analisa de forma holística, avaliando os efeitos da estratégias nas partes interessadas e nas causas desses efeitos, refletindo os resultados das ações na organização como um todo;
• Gerência! - Verifica a contribuição dos diferentes departamentos e setores da organização para a estratégia e avaliar se os setores buscam a melhoria contínua dos seus processos;
• Operacional - avaliam os processos individuais.
A IMPORTÂNCIA DE SE SABER QUAL O IMPACTO DO RISCO NO NEGÓCIO
A segurança varia de uma organização para outra, de um local para outro, de um momento do tempo ao outro, ou seja, você pode desenvolver uma análise de riscos de um determinado empreendimento, por exemplo, um shopping e este estudo de segurança não poderá ser aplicado em outro shopping, como se fosse um conjunto de regras ou procedimentos únicos ou usando um termo mais comum "uma receita de bolo".
Você pode fazer uma análise de risco de um outro negócio, por exemplo, um hospital e depois de dois anos o trabalho deverá sofrer readequações e alterações, se o empreendimento, sua população fixa e flutuante e seus processos, entre outros itens não sofreram nenhuma alteração, o que é muito difícil, as condições externas se alteraram, o sentido de tráfego foi alterado, foi implantada uma parada de ônibus próxima, foi criado um ponto de táxi para seis veículos e em uma área próxima foi inaugurada uma casa noturna que de sexta, sábado e domingo atrai um grande número de frequentadores, inclusive alguns estacionam seus veículos defronte ao estabelecimento em questão, causando sérios problemas ao hospital, que possui um pronto socorro, e normalmente esta área no final de semana possui grande movimentação.
Durante o trabalho de planejamento da segurança, por um erro no método, algumas pessoas se preocupam demais com as ferramentas (humanas, tecnológicas e organizacionais) e não se preocupam tanto em qualificar e quantificar exatamente quais são os riscos reais (já histórico de concretização) e potenciais (não histórico de concretização, mas as condições e características permitem o seu acontecimento) pertinentes ao empreendimento. Fazendo uma analogia para elucidar melhor esta ideia, para obter uma boa profilaxia, primeiro eu preciso de qual patologia (riscos) eu quero me proteger para posteriormente eu definir qual o remédio (ferramentas de segurança) mais adequado para este fim.
O risco pode ser classificado em relação a sua origem :
• Humana - provocado pelo ser humano, a partir de sua ação ou omissão;
• Técnica - provocado por má manutenção, má utilização ou falha técnica;
• Naturais ou incontroláveis - oriundo da natureza, não podem ser controlados, mas podem ser monitorados e, por conseguinte, viabiliza um plano de contingência.
Quem é o responsável por elaborar este processo? A pessoa designada pela direção da empresa, entretanto esta pessoa deve ser o coordenador e facilitador dos processos, mas quem deve conduzir o processo é um comité multidisciplinar.
Este comité será formado por várias pessoas, onde cada função da empresa, com base no seu organograma e seus processos, vai poder passar a sua contribuição, agregando valor a este trabalho, com base na sua experiência e competência, de forma que se mapeie o processo, se elabore um diagnóstico de segurança, se identifique o risco e se quantifique qual o impacto no negócio, no caso da sua concretização.
O diagnóstico de segurança vai representar uma foto panorâmica de seu negócio apontando os pontos fortes (devem ser mantidos) e sua vulnerabilidades (devem ser solucionadas).
Para a elaboração do diagnóstico será necessário visitar o local e entrevistar alguns colaboradores. Pode ser usado um questionário para orientar este levantamento de dados, entre outras perguntas, podemos sugerir:
• Material e altura da barreira perimetral
• Como funcionam os acessos de pedestres e veículos
• O empreendimento possui sistemas de alarmes, explique sua localização e funcionamento
• Local do claviculário e sua forma de controle
• A vigilância é orgânica ou terceirizada
• Qual o efetivo, turnos de serviço e postos
• Como funciona a admissão e a demissão?
• Os funcionários utilizam crachás?
• Qual o processo na perda ou esquecimento do crachá?
• Quais são os dados do crachá?
• Como funciona o acesso de visitantes?
• Como funciona o acesso de prestadores de serviço?
• Qual o histórico de ocorrências?
A partir do levantamento das causas, é possível se verificar quais delas são passíveis A partir do mapeamento dos processos da empresa e possível se elucidar os riscos, precisamos tomar cuidado para não analisar o efeito do risco e sim a sua real causa.
A partir do esclarecimento da causa ou origem, isto no permitira estudar qual a melhor forma de tratar deste risco.
Para se verificar qual a causa, podem ser usados diversos métodos de análise de causa, entre outros, por exemplo:
Brainstorming
Folha de verificação clássica
Histograma ou polígono de frequência
Diagrama de Pareto
Diagrama de Causa/Efeito/ Espinha de peixe
Controle Estatístico de Processo
O brainstorming ou também denominada tempestade de ideias é uma reunião aonde as pessoas vão sugerindo varias soluções, sem se preocupar com a viabilidade operacional completa, pois a partir de várias propostas.é possível que alguém quebre o paradigma ou a partir da mescla de várias propostas se chegar a uma solução viável.
A folha de verificação é um tipo de formulário onde você vai estudar o problema, sugerimos, entre outros, os seguintes itens:
• Identifique a não conformidade
• Descreva a não conformidade o que, quando, onde, quanto e quem
• Análise da não conformidade
• Implemente um programa de emergência.
• Desenvolva hipóteses de causas
• Confirme hipóteses
• Planeje execute as ações corretivas
• Avalie e faça follow-up
A análise de Pareto recebeu este nome em homenagem a Vilfredo Pareto (1848/1923), economista italiano. A partir do Diagrama de Pareto é possível verificar que nem sempre o elemento que aparece com maior frequência em um problema é o mais importante.
O diagrama de causa / efeito é também conhecido por espinha de peixe ou diagrama de ishikawa, você vai lançado as possíveis causas e depois vai estudar cada uma delas.
de serem controladas e quais não estão sob o seu controle.
Quando terminarmos a análise de risco, teremos em nossas mãos, o risco, sua origem, a área da empresa que será afetada na sua concretização, o impacto causado no negócio (devemos lembrar que isto ë um processo, por exemplo, uma fábrica produz peças, que serão utilizadas no processo de outra fábrica, logo se a primeira não conseguir executar seu processo, a segunda é atingida e assim sucessivamente, por um "efeito dominó"), sua probabilidade de concretização e sua respectiva perda financeira.
Partindo desta listagem conseguiremos estabelecer uma prioridade, pois temos que buscar sempre a racionalização no uso dos meios disponíveis.
Devemos pensar na análise de risco como uma forma para parametrizar o impacto no negócio, com base na concretização do risco e suas respectivas perdas financeiras, e, por conseguinte, ela deve ser encarada como uma ferramenta de gestão e não como mais uma planilha no trabalho do planejamento da segurança empresarial.
BARREIRAS PARA IMPEDIR A CONCRETIZAÇÃO DO RISCO
O triângulo do crime é formado por três itens:
Motivação - o criminoso tem um desvio de caráter e personalidade e quer praticar o crime;
Racionalidade ou técnica - o marginal domina alguma técnica (escalada de um muro, arrombamento de uma porta ou uma janela, sabe fazer uma "ligação direta" na partida de um carro, etc) que o ajuda a praticar o crime;
Oportunidade - existe um bem, para nós valioso, não importa qual seja e o acesso a ele foi conseguido de alguma forma, ou seja, foi dada a oportunidade ao marginal e ele praticou seu intento.
É importante notar que os dois primeiros quesitos não estão sob o nosso controle, pois estes dependem da índole, do caráter, da personalidade, da formação e valores morais da pessoa. Podemos controlar somente o último, ou seja, não fornecendo a oportunidade para que ele aja.
O nosso oponente irá procurar as brechas ou abertura no sistema de segurança implantado e agirá no momento de maior fragilidade. Qual o ponto de quebra de uma corrente de elos interligados? Aplicando força ao sistema, ela se romperá em seu ponto mais fraco. Utilizamos esta analogia que o "amigo do alheio" usará para escolher o local, hora e a forma de agir.
Não existe barreira intransponível, ela apenas retarda ou dificulta a ação de um intruso. Toda barreira física pode ser ultrapassada, desde que haja determinação, tempo suficiente, ferramentas eficazes e habilidade no seu uso.
As funções da barreira física são:
Controlar a entrada de pessoas, veículos e materiais;
Definir os limites da área;
Inibir ou impedir uma ação criminosa
Retardar um ação criminosa o que facilita a detecção e a posterior reação.
Podem existir barreiras naturais e estruturais.
As barreiras naturais podem ser taludes, barrancos, penhascos, rios ou córregos, bosques ou florestas, mar (praia), sendo que de alguma forma, elas podem ser ultrapassadas, escalando, caminhando, com motocicleta específica para trilha ou areia, carro com tração 4 X 4, nadando, com equipamento para mergulho livre ou autónomo, com jet-sky ou com barco a remo ou com motor de popa (lancha).
Vamos conversar sobre barreiras físicas:
Barreira perimetral
A altura recomendada é de 2,5 m (os padrões americanos recomendam 2,1 m ou 7 pés), para qualquer tipo de barreira perimetral independente do material utilizado para sua construção.
Pode ser usada uma tela metálica de alambrado com arame retorcido galvanizado, a abertura do vão da tela não deve exceder 25 cm2 e a tela deve estar tensa e esticada de forma adequada, fixadas na parte superior e inferior. Os mourões podem ser de concreto ou ferro, distantes ente si no máximo 3,0 m e sua fixação ao solo deve ser firme com uma profundidade no mínimo de 60 cm.
Pode ser utilizado arame farpado, cada farpa com quatro pontas, os fios devem estar separados horizontalmente no máximo em 15 cm, para manter a tensão adequada é necessário colocar um fio vertical entre os postes de sustentação (90 cm). Os mourões podem ser de concreto ou ferro ou madeira, distantes ente si no máximo 1,8 m e sua fixação ao solo deve ser firme com uma profundidade no mínimo de 60 cm.
Na mesma situação anterior pode ser utilizado arame sem as farpas.
Uma barreira pode ser feita com tábuas na horizontal, denominada de "cerca americana", seguindo o mesmo padrão do arame farpado, independente da largura da tábua.
Pode ser utilizada uma grade metálica, com um desenho vertical (quadrado ou circular) com barras na horizontal, entretanto o ideal e que não existam as barras horizontais, pois estas facilitam a sua escalada. O material pode ser ferro ou alumínio. O ferro é mais resistente e mais seguro, o alumínio é mais frágil, por ser oco, mas resiste mais a corrosão (ferrugem).
A barreira perimetral pode ser feita com vários mourões de concreto, com uma distância entre os postes, de no máximo 10 cm.
A vantagem deste tipo de barreira perimetral, com vãos, ê que ela permite uma visualização de ambos os lados, interno e externo, ou seja as pessoas e veículos que passam podem olhar do outro lado.
A barreira limítrofe pode ser feita por um muro de alvenaria de concreto, tijolos e cimento (mais sólido), tijolos cerâmicos com ou sem cimento recheando os vãos, blocos de cimento com ou sem cimento nos vãos, sendo que o bloco é frágil e pode ser quebrado, formando uma escada para facilitar a invasão ou ainda pode ser montado um muro com placas de concreto, normalmente duas na horizontal, sendo que a placa pode ser deslocada e teremos um vão bastante grande, podendo passar uma ou mais pessoas com objetos, o que o torna bastante frágil.
A vantagem deste tipo de barreira é que ela não permite uma visualização do lado externo para o interno ou vice-versa.
Lembramos que, dentro do possível, não deve haver árvores ou algo que possa facilitar a sobreposição da barreira. Caso existam árvores, recomendamos uma poda regular.
Barreira superior
A altura recomendada é de 0,5 m a 1,0 m (os padrões americanos recomendam 30 cm m ou 1 pé), para qualquer tipo de barreira perimetral independente do material utilizado para sua construção.
A barreira superior ou ofendículos são extensões físicas da barreira, podendo ser utilizado um ágama de elementos.
Nas barreiras de alambrado, arame farpado, arame liso, grade, muro de alvenaria (concreto, tijolo, bloco cerâmico, bloco de cimento e placas de concreto) podem ser instaladas um prolongamento de ferro ou concreto, onde for cabível, com 0,5 m, para a fixação de três ou quatro fios de arame farpado ou liso, distante entre si horizontalmente, no máximo 15 cm.
Esta barreira superior deve ter um ângulo de 45° para dentro, para fora ou em forma de "Y", visando dificultar a invasão da área.
Outra opção para este tipo de barreira é a concertina, denominada por alguns como cerca "ciclone" ou "espiral", pelo seu design, sendo que cada rolo deve ser estendido 15 m com um diâmetro de 90 cm.
Nas barreiras de muro de alvenaria (concreto, tijolo, bloco cerâmico e bloco de cimento) podem ser fixados cacos de vidros quebrados, pontiagudos e cortantes. Lembramos que com a preocupação atual da proliferação do mosquito da dengue, estes cacos não podem permitir o acúmulo de água parada, tornando- se um foco indesejado.
Podem ser usadas lanças em forma de "seta", na posição vertical ou em ângulo de 45° para dentro ou para fora ou em forma de "Y".
Portões e portas de pedestres
O portão para meios de transporte de pessoas ou de carga (bicicleta, motocicleta, carro, ônibus, caminhão, empilhadeira ou trem) pode ser de alambrado, arame farpado ou liso, grade de ferro ou alumínio, com chapas metálicas (chegando ao nível de blindagem balística) ou de madeira (mais frágil).
Caso o portão não possua a altura da barreira perimetral somada a da superior, deve ser instalada uma barreira superior, de forma que não seja criada uma vulnerabilidade.
Os portões podem ser com uma folha, duas folhas ou articulados.
O sistema de abertura pode ser lateral, de correr horizontal lateral ou em curva, correr vertical ou basculante.
O portão pode ser manual ou automático (braço pivotante, motor de correr lateral ou em curva, basculante ou pistão pneumático).
O portão automático pode possuir controle remoto portátil, entretanto como este equipamento funciona com rádio frequência, é possível que um outro controle abra o seu portão, o que consideramos uma vulnerabilidade.
O portão ou porta para pedestres segue a mesma orientação anterior, sendo que as portas podem ser de vidro (temperado (3 a 5 vezes mais resistente que o comum), laminado (duas peças de vidro unidas com um material plástico (policarbonato) entre elas), vidro com malha metálica e vidros blindados (resistência balística proporcional a sua resistência e espessura conforme normas internacionais) ou de plástico (acrílico C\7 vezes mais resistente que o vidro comum) ou de policarbonato (300 vezes mais resistente que o vidro comum e 20 a 30 vezes mais resistente que o acrílico))).
As dobradiças devem ser instaladas na parte interna e caso seja possível é interessante fixar o seu pino.
Janelas
As janelas podem ser de madeira, metal (na maioria das vezes alumínio), vidro (comum, temperado, laminado, vidro com malha metálica e vidros blindados ou de plástico (acrílico ou de policarbonato)).
Seu mecanismo de abertura pode ser lateral, de correr vertical ou lateral ou basculante. No caso de basculante, analisando-se o tamanho de sua abertura, recomendamos a instalação de um limitador na sua abertura, de forma que dificulte ou impeça a passagem de uma pessoa, lembrando que existem vários históricos onde foram usados crianças ou adolescentes, para que estas entrassem e depois abrissem uma porta ou uma janela por dentro para uma ou mais pessoas entrassem indevidamente.
É possível a instalação de grades de ferro ou alumínio para dificultar o acesso Põe lãs, entretanto devemos tomar cuidado com a sua fixação (por parafuso ou chumbadas na parede), pois com um macaco hidráulico (utilizado para erguer o veículo para troca de um pneu, lembre-se que ele é pequeno, podendo ser portado em uma mochila ou uma sacola), é possível arrancá-la da parede, pois como disse Galileu, dê-me um ponto de alavanca e levantarei o mundo.
Vegetação
A barreira perimetral pode possuir alguma vegetação tipo cerca viva (com trepadeiras ou arbusto ou planta similar), para efeito estético ou com planta espinhosa (sansão e Dalila ou unha de gato) para realmente dificultar o acesso, recomendamos que ela seja plantada do lado externo e do lado interno, onde for viável, e que a sua altura seja mantida em 1,0 m com podas regulares. Não recomendamos no perímetro plantas com grande folhas ou arbustos, pois dificultam a visualização do lado externo e/ou interno, dependendo do material utilizado e podem servir como esconderijo para os marginais.
Correntes
Podem ser usadas correntes metálicas ou plásticas passadas em argolas nas paredes, dependendo do vão de abertura, com postes fixos ou removíveis. É interessante que existam placas sinalizadoras com tinta fluorescente para que as pessoas ou veículos visualizem o obstáculo e não ocorram acidentes.
Cancelas
Nos acessos de veículos podem ser utilizadas cancelas, manuais ou automáticas, simples ou dupla, normais ou articuladas (espaços com pé direito menor que o comprimento da travessa da cancela).
O braço da cancela deve possuir um revestimento macio, para evitar ou minimizar danos no caso de impacto, pode ser instalado um sensor no percurso, de forma que a cancela não abaixe, enquanto houver um veículo sob a cancela e o braço da cancela deve ser pintado com cores amarela e preta (zebrada) fluorescente.
Existem cancelas denominadas de "alto fluxo" para locais com grande movimentação, similares àquelas utilizadas em shoppings ou outros estabelecimentos.
Temos cancelas que emitem um comprovante que pode ser autenticado em um caixa ou mesmo em uma máquina, com ou sem pagamento pelo serviço.
Mecanismos nos acessos de veículos
Pode ser usado um dispositivo "fura pneus", onde pregos de aço pontiagudos paralelos presos em uma barra horizontal são erguidos para a posição vertical.
Podem ser instalados dispositivos denominados "garra de tigre" onde um sistema com um desenho similar a uma garra é erguido, com o objetivo de deter o deslocamento do veículo, bloqueando a parte inferior do veículo.
Existe um dispositivo denominado barricada, similar a uma pequena parede, que também pode ser instalada.
Eclusa ou comporta ou trap
Aplicável tanto no acesso de pedestres como no veículos, onde existem dois ou mais portões ou portas em sequência, sendo que o objetivo deste dispositivo é nunca devassar totalmente um acesso, pois se utilizado adequadamente sempre haverá um portão ou porta fechada.
BARREIRAS ELETRÔNICAS
O mercado dispõe de uma gama de recursos tecnológicos que comporão um projeto de segurança.
Em termos de fechaduras existem as seguintes variações:
• Fechaduras mecânicas - possuem sistema mecânicos como cilindros e pinos, podendo ser - simples (yale por exemplo), tetra ou quádrupla ou variadas (desenhos diversos, como por exemplo as de cofre),
• Fechaduras eletromecânicas - podem ser abertas por um comando elétrico, além da chave,
• Fechaduras eletromagnéticas - fechaduras cujos dispositivos de fechamento são eletroimãs, por exemplo, de 300 libras ou 150 Kg, utilizadas em local onde é necessário uma grande resistência, visando dificultar um arrombamento;
• Fechaduras com transponder - similares as de alguns automóveis, onde é necessário que um equipamento esteja junto a chave ou mesmo no seu estojo, para que seja possível a abertura ou ligação do sistema. Este equipamento impede o uso da chave com uma cópia simples da respectiva chave.
• Fechaduras eletrônicas com teclados numéricos - onde é necessário que o usuário digite uma sequência numérica para abrir a fechadura.
• Fechaduras com cartão - sistemas onde é necessário a utilização de um cartão, podendo ser utilizada diversas tecnologias neste cartão, como por exemplo, proximidade, magnético, código de barras, etc, sendo muito utilizada em hotéis.
• Fechadura randômica - fechadura eletrônica que a cada abertura exige uma nova senha numérica.
• Fechadura de retardo - fechadura que pode ser programada de forma que quando de sua liberação, normalmente por senha, ela só abrira após um determinado tempo pré-programado, podendo variar de minutos até dias, muito utilizada em cofres.
• Fechadura triplo cronométrica - fechadura com a mesma característica da anterior, entretanto com outro dispositivo de funcionamento.
Na barreira perimetral podem ser usados os seguintes cabos enterrados -
• Fibra óptica - utilizadas em solo macio, por exemplo grama, com 10 cm de profundidade, detectando a deformação do solo quando pisado
• Coaxial acústico ou microfônico - utilizados em piso duro, por exemplo concreto.
• Fibra óptica entrelaçado no alambrado - visando detectar qualquer tentativa de invasão por escalada ou corte do alambrado.
• Grade com fibra óptica - a fibra está instalada no interior da grade e pode detectar uma tentativa de forçamento ou abertura.
• Barreira superior de fios de cobre ou aço inoxidável energizados.
• Barreira superior de fios sensoreados.
• Concertina com fibra óptica.
• Sistemas de infravermelho ativo com feixe simples, duplo ou mais, podendo-se implantar uma parede virtual.
Nos acessos podem ser utilizados os seguintes equipamentos -
• Porteiro eletrônico.
• Sistema de interfone.
• Vídeo porteiro.
• Captura de imagem da visita para arquivo ou elaboração de crachás.
Nos postos de vigilância pode ser utilizado um sistema de ronda eletrônica ou um dispositivo denominado como "acorda vigia" que exige que um botão seja pressionado de tempo em tempo.
Para facilitar a administração de chaves é possível desenvolver um processo de mestragem de chaves (chaves gran- mestra, sub-mestras e mestras) e a utilização de um claviculário eletrônico.
Em termos de bloqueios físicos podem ser utilizados -
• Mini bloqueios
• Bloqueios (catracas)
• Bloqueio alto (torniquete)
• Baia óptica
Para o sistema de revista pode ser utilizado -
• um sistema de sorteador eletrônico.
• Detector de metal portátil
• Arco ou portal detector de metal.
• Eclusa com detector de metal
• Porta giratória com detector de metal
• Máquina de raio X para volumes (desde cartas até vagões de trem)
• Parede de raio X para pessoas.
Em termos de sensoriamento podemos usar os seguintes dispositivos-
• Contato ou abertura
• Impacto
• Quebra
• Presença ou invasão
• Circular (laser)
• Botão de pânico fixo ou portátil ou por tombamento.
• Alarme com fumaça
• Controle portátil para acionar e desacionar o sistema
• Sirene externa ou interna
• Sistema de discadora - 'no caso de alarme, liga para números pré fixados e informa uma mensagem programada
• Painel de alarme - deve permitir um sistema de senha de rotina e de coação individual e a possibilidade de inibir alguma zona do alarme.
• Monitoramento local ou remoto.
Em áreas fechadas podemos utilizar sistemas de etiquetas eletrônicas com antenas, sendo que estas podem ser rígidas ou flexíveis, descartáveis ou reutilizáveis, gerais ou específicas, podendo usar as seguintes tecnologias -
• Microondas
• Rádio frequência
• Acusto magnético
Podemos utilizar os seguintes equipamentos biométricos -
• Finger scan
• Geometria da mão
• Geometria da face
• Infra vermelho facial
• íris scan
• peso
• voz
Podemos utilizar sistemas de controle de acesso e CFTV, amplamente divulgados no mercado. A parte mais interessante é elaborar um projeto de segurança eletrônica integrando
Todos estes recursos, visando obter uma solução mais eficiente.
GESTÃO DA SEGURANÇA EMPRESARIAL
O plano de segurança de um empreendimento deve incluir:
Designação de um coordenador de segurança;
Designação de um comité de segurança corporativo e um operacional;
A definição de uma cadeia de gerência.
Todo processo quando revisado ou alterado ou implantado (novo) gera mudanças, sendo que as partes envolvidas saem da zona de conforto para uma zona de instabilidade. A notícia da mudança, de uma forma geral, gera o seguinte ciclo para cada pessoa, sendo que o tempo de cada fase varia de pessoa para pessoa:
Imobilismo;
Negação;
Raiva;
Oposição;
Depressão;
Testa;
Aceita.
Para desenvolvermos o planejamento precisamos saber onde estamos (situação atual), onde queremos chegar para se traçar uma estratégia (medidas preventivas).
Quando isso não acontece você corre atrás dos problemas com foco reativo e não pró ativo.
O planejamento possui os seguintes níveis:
Estratégico (sintético) - é projetado a longo prazo e envolve toda a empresa;
Tático (detalhado);
Técnico (detalhado / analítico);
Operacional (detalhado).
Um plano ou um projeto é esforço temporário (ciclo de vida - prazo para início e término) para criar ou redimensionar um produto / serviço, pode ser Simples ou complexo, não repetitivo, mas semelhante.
As partes genéricas de um plano são:
Concepção;
Início;
Elaboração do escopo:
Prazo de entrega;
Cronograma:
Execução:
Ações;
Recursos;
Definição de requisitos do cliente (normas técnicas);
Reunião com clientes e fornecedores;
Visita ao site, entrevistas e solicitação de informações;
Treinamento;
Elaboração de manuais;
Reunião de acompanhamento;
Conclusão:
Entrega do estudo e produto / serviço;
Documento em papel ou em mídia;
Apresentação.
A estimativa de tempo para elaboração e implementação de um plano pode ser baseada nos seguintes quesitos:
Porte do empreendimento;
Localização do empreendimento;
População fixa;
População flutuante;
Inventário de ativos e valores;
Histórico de ocorrências;
Acessos de pedestres;
Acessos de veículos;
Acessos de materiais;
Funções críticas da empresa.
O projeto pode ser desenvolvido de forma global ou por etapa ou de forma híbrida, na área interna ou externa do empreendimento.
Os seguintes fatores podem gerar atraso em um plano:
Falta de documentos e informações;
Naturais;
Dificuldade de conciliar agendas;
O cronograma não considera a perda de tempo;
Superestimar a competência e a capacidade;
O planejamento do tempo é muito otimista.
Os fatores críticos de sucesso - FCS de um plano ou projeto são:
Escopo claro;
Foco no cliente;
Prazo bem analisado;
Uso adequado de recursos;
Orçamento cumprido;
Produto / serviço entregue;
Coordenador competente;
Equipe competente;
Trabalho em equipe;
Cliente satisfeito.
Para o levantamento de dados podem ser feitas pesquisas nos seguintes documentos:
Procedimentos internos de segurança;
Procedimentos não formalizados;
Histórico de ocorrências;
Código de ética;
Políticas e procedimentos do RH;
Procedimentos do SESMT;
veículos de comunicação interna;
Internet;
Intranet.
O responsável pela elaboração do projeto deve Identificar pessoas chaves, Elaborar questões para levantamento de informações, avaliar os riscos (identificação, medição e priorização). através de um método objetivo ou matemático ou subjetivo, consolidar toda a informação e prepara o relatório escrito.
O plano deve apresentar:
Diagnóstico da situação atual e sugestões de melhoria;
Políticas de segurança não formalizadas e formalizadas;
Identificação e avaliação dos riscos;
impacto no negócio;
Tratamento dos riscos;
Medidas de proteção;
Custo da não solução X custo da proteção;
Formatação do manual de normas e procedimentos (foco preventivo);
Plano de contingência, recuperação e continuidade (foco reativo);
Controle e avaliação (SLA);
Comunicação do programa pela direção aos funcionários;
Marketing do programa - Comunicação escrita / visual.
Recomendação de treinamento de funcionários (gerentes, seguranças, outros);
Relatórios de resultados operacionais;
Auditorias de procedimentos;
Gestão operacional;
Reuniões de avaliação de resultados.
Todo plano deve incluir um sistema de métricas com base em indicadores (ferramenta utilizada para análise e evolução de um processo, visando identificar pontos passíveis de melhoria e direcionar a elaboração de planos de ação).
Um bom indicador deve:
Medir apenas o que é importante para o cliente;
Ser sensível às variações do processo;
Ser objetivo e facilmente mensurável;
Fornecer respostas na periodicidade adequada;
Estar próximo ao ponto de melhoria do processo;
Ser rico em informações e não apenas dados.
O gestor pode elaborar um acordo de nível de serviço (SLA), no caso de contratação de serviços de terceiros ou quarteirizados. Os SLA's são instrumentos formais, acordado entre Cliente e Fornecedor, que visam estabelecer e controlar os níveis de qualidade na prestação dos serviços contratados e os requisitos básicos para as suas solicitações. Devem ser estabelecidos a fim de definir claramente sob quais condições serão executados os serviços.
O estabelecimento de um SLA exige negociação entre as partes, a fim de atingir-se um ponto ótimo entre as expectativas do usuário e o que pode ser oferecido pelas fornecedor.
RECURSOS ORGANIZACIONAIS
Em nossos artigos anteriores tecemos alguns comentários sobre as barreiras físicas, tantos as naturais, por exemplo, um penhasco ou um lago, e as estruturais, muros, paredes, grades, alambrados, concertinas, etc, barreiras tecnológicas, em relação as suas características e aplicações, recursos humanos, o mais importante de todos pois analisa e processa todas as informações e inicia a respectiva pronta resposta entre diversas ferramentas que poderiam ser utilizadas no tratamento de um ou mais riscos, eliminando, reduzindo ou minimizando seus impactos (humanos, materiais, financeiros, etc).
Dando continuidade na nossa linha de pensamento, vamos fechar este série de artigos, discorrendo sobre a parte organizacional.
O objetivo de um trabalho de segurança deve atender aos seguintes quesitos:
Proteção da vida e integridade física das pessoas (empregados, prestadores
de serviço, visitantes e comunidade)
Proteção do património da empresa (tangível e intangível)
Restauração das atividades ao ritmo normal, quando da ocorrência de
sinistros.
O primeiro passo é a elaboração do perfil de cargo, pois para um eficiente recrutamento e seleção, é necessário que o responsável por este processo tenha uma ideia clara e precisa do que a área operacional precisa, entre competência, experiência e formação.
Na sequência vamos precisar da descrição das diversas atividades que este funcionário irá desempenhar, podemos denominar isto de instruções de trabalho ou atividades do posto, este será o instrumento que permitirá ao funcionário saber quais são suas atividades, sua autoridade e autonomia e respectivas responsabilidades. Isto evita perda dúvidas quando da execução do serviço, por exemplo, se é necessário utilizar um programa informatizado para o cadastramento de crachás de acesso, pode haver um fluxograma de ações, de forma que uma dúvida possa ser sanada rapidamente, através de um índice remissivo por assuntos ou dúvidas mais frequentes. Um grande erro na atividade gerencial é definir as responsabilidades e não delegar a respectiva autoridade para esse cargo.
Quando da admissão, o novo funcionário deve receber um manual onde são abordados diversos assuntos, entre outros:
Missão da empresa
Objetivos e metas da empresa e do respectivo departamento
Políticas corporativas de segurança
Manual de Ética da empresa
Política da qualidade
Organograma da empresa
Telefone dos departamentos
Benefícios e respectivos telefones;
Orientações gerais sobre a segurança
Acesso de pessoas (funcionários, terceiros - fixos e temporários, estagiários e visitantes)
Acesso de veículos (passeio, carga e descarga, frota e visitantes) > Acesso de materiais (entrada e saída de materiais da empresa e particulares, por exemplo, notebook) > Áreas restritas;
Segurança da informação (confidencialidade e não divulgação de informação proprietária e segredos comerciais)
Plano de abandono
Plano de contingência e continuidade de negócios
Na sequência este funcionário recém admitido passará por uma palestra de ambientação e integração onde ele poderá conhecer melhor a empresa, seu organograma e normas gerais.
Dependendo da sua área de atuação, poderá passar por um estágio acompanhando, onde um funcionário mais experiente ou graduado, o auxiliará, até que este adquira um mínimo da prática requerida para o trabalho.
Esta empresa possui um programa de capacitação pessoal, onde cada funcionário, com base nas suas atividades e possibilidade de ascensão, deverá receber X horas de treinamento por um determinado horário, mesclando treinamentos e palestras padrões e outros opcionais, de acordo com o seu cargo. Este treinamento deverá prever o conteúdo programático, sua duração, forma de aplicação, medição do aprendizado e avaliação pelo instruendo para possíveis melhorias.
Os procedimentos de segurança da empresa são formalizados por posto de serviço, sendo que estão registrados as atividades, formas de atuação rotineira e contingencial, quem deve ser acionado no caso de dúvidas e o nível de revisão e prazo de sua validade. É interessante que cada posto possua cópia "controlada" de suas instruções de trabalho. A elaboração destes procedimentos deve ser feita de forma coordenada e participativa e o seu conteúdo deve ser divulgado amplamente, visando criar uma consciência de segurança.
Deve haver um manual de operação dos diversos equipamentos utilizados pela área de segurança:
Sistema de controle de acesso
Sistema de CFTV;
Sistema de sensoriamento
Sistema de incêndio
Sistema de iluminação de emergência
Portões e cancelas
Estes manuais devem contemplar a situação de manutenção preventiva e corretiva, bem como a correta utilização dos sistemas, por exemplo, qual o tempo de gravação por fita e qual o horário da troca de fita, no caso de equipamento analógico, como levantar um dado do sistema de controle de acesso e quem está autorizado a solicitar tal informação (confidencialidade da informação), qual o horário de abertura e fechamento dos portões e qual a rotina no caso de pane, por exemplo, utilizar cones e corrente plástica ou desligar o motor e operá-lo manualmente.
O projeto de segurança que orientou a implantação de todo o sistema de forma integrada, deve possuir os seguintes itens:
Análise de risco, ameaças e vulnerabilidades
Impacto no negócio
Recomendações de segurança
Relação custo benefício
Plano para implantação das medidas
Para manter todo o sistema funcionando de forma adequada, atendendo os padrões estabelecidos para o sucesso da operação, deve existir um plano de auditoria, comparando a realidade com o estimando e adotando ações de correção e corretivas.
Quando do desligamento do funcionário, este deve passar por uma entrevista, onde lhe será solicitada a devolução do crachá e demais equipamentos da empresa. Nessa entrevista deverão ser lembrados acordos anteriormente assumidos entre o empregado e a empresa.
A parte organizacional irá concatenar toda a operação de segurança e permitirá um funcionamento adequado e eficiente, com aferições quando necessário, visando atender aos padrões de qualidade estabelecidos e exigidos pela respectiva área responsável pela gestão da segurança.
RECURSOS HUMANOS
Em nossos artigos anteriores tecemos alguns comentários sobre as barreiras físicas e tecnológicas, em relação as suas características e aplicações, entre diversas ferramentas que poderiam ser utilizadas no tratamento de um ou mais riscos, eliminando, reduzindo ou minimizando seus impactos (humanos, materiais, financeiros, etc).
Dando continuidade na nossa linha de raciocínio, vamos imaginar como o recurso humano, o mais importante de todos, pois a barreira física tem o papel de impedir, dissuadir e retardar e a barreira eletrônica, além das funções da barreira física contribui também para monitorar e detectar uma tentativa ou a concretização de um acesso indevido, dependendo de sua configuração, possibilitando uma resposta ou reação, local e/ou remota e a barreira humana tem a função de monitorar e/ou iniciar as respectivas respostas, no caso de ocorrências.
O primeiro recurso humano que dispomos é o vigilante patrimonial, do sexo masculino ou feminino, sendo que este pode ser orgânico (possui vínculo empregatício na respectiva empresa onde presta serviço), terceirizado ou quarteirizado (não possui vínculo empregatício com a empresa onde presta o serviço), em ambas as situações deve seguir legislação federal específica, onde está contemplanda a questão do curso de formação e reciclagem em escola credenciada junto a Polícia Federal, matéria e carga horária de cada matéria, armamento e munição (aquisição, documentação, porte, tipo, guarda, etc) que podem ser utilizadas, uniforme, documentação legal, como por exemplo, certificado de vistoria, autorização de funcionamento, carteira nacional de vigilância, etc. Este vigilante pode atuar armado ou desarmado, podendo atuar nas diversas escalas de serviço homologadas pelo respectivo sindicato (12 X 36, 4 X 2, 5 X 2, 5 X 1 , etc).
Pode ser um posto diurno ou noturno ou diuturno, no caso de ser armado não diuturno, devemos nos lembrar onde o armamento e a munição ficarão custodiados, quem será responsável pela sua custódia e quem poderá-acessa-los. Nossa sugestão é um compartimento metálico chaveado fixado em uma parede ou ao solo, pois dependendo do seu volume, pode possibilitar que alguém coloque este invólucro dentro de uma mochila ou sacola e o furte.
Este vigilante pode desenvolver suas funções em um posto fixo da seguinte forma:
• sem proteção - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé em uma área aberta, como por exemplo, uma portaria ou um portão de veículos ou uma doca de carga e descarga ou um heliponto;
• com proteção de intempéries - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé protegido por um toldo ou cobertura similar ou uma guarita de madeira ou de fibra de vidro;
• com proteção parcial - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé protegido parcialmente por alguma barreira física, por exemplo, um escudo balístico ou parte de uma edificação;
• com proteção - em uma área ou em uma área fechada corno uma guarita com blindagem balística em toda a sua estrutura (vidros, posições de tiro ou seteiras, passa documento, passa volumes, portas, paredes e alçapões; As guaritas podem estar ao nível do solo ou elevadas ou mistas. Este último recurso é feito com uma plataforma que possui um braço que ergue uma base.
Este vigilante pode desenvolver suas funções em um posto móvel da seguinte forma:
• sem proteção - em uma área definida com deslocamentos em uma área aberta, como por exemplo, em uma rua interna ou no perímetro interno da barreira perimetral ou em uma área aberta ou dentro d edificações;
• com proteção parcial - utilizando um colete balístico sobre seu uniforme;
Estes deslocamentos podem ser feitos da seguinte forma:
• a pé,
• de bicicleta;
• montado em um cavalo;
• com uma motocicleta (existe a função do vigilante motociclista);
• com um veículo terrestres de quatro rodas, com as devidas características para o desenvolvimento do serviço, tração 4 X 2 ou 4 X 4;
• com um meio de transporte aquático (jet sky ou lancha ou um barco);
• com um meio de transporte aéreo (paraglider, helicóptero ou um avião)
Os vigilantes podem ser armados ou desarmados.
Este vigilante pode participar e ser aprovado em um curso de segurança pessoal e desenvolver as funções de segurança pessoal.
Um vigilante pode se inscrever e concluir um curso de transporte de valores e pode desempenhar o trabalho de escolta de cargas ou trabalhar no segmento de transporte de valores nas seguintes funções:
• Vigilante de carro forte ou cobertura;
• Fiel ou chefe de equipe;
• Motorista
Temos a função de vigilante operador de central, que irá atuar em um local onde exista uma concentração de diversos equipamentos, como por exemplo, monitores de CFTV, controles de câmeras (pan, tilt, zoom, gravação, acompanhamento ou congelamento de imagens, etc), quadro sinóptico de sensores de alarmes, controles por chave e/ou software de elevadores, estações fixas e móveis de rádio comunicação, claviculários eletrônicos, etc.
O quadro da equipe de segurança pode possuir um vigilante líder, um encarregado, um supervisor, um inspetor ou um coordenador, de acordo com o organograma funcional.
É possível a utilização de recepcionistas ou porteiros, lembrando-se que estas pessoas não devem desenvolver funções similares em relação ao vigilante, nem mesmo para cobertura de refeições ou falta e estes também não devem monitorar equipamentos de CFTV ou alarmes ou dirigir viaturas, pois estas funções são pertinentes ao vigilante.
Segurança nos acessos de pedestres
Durante a análise de segurança, que se inicia com uma análise de riscos da segurança empresarial e se conclui com as respectivas recomendações de segurança, devemos analisar a segurança dos acessos de pedestres, entre outras áreas, pois de uma forma geral os riscos abrangidos na categoria anti-social se iniciam quando rompem o limite da área pública e adentram indevidamente na área privada.
Podemos utilizar uma porta blindada, sendo que essa blindagem pode dificultar um arrombamento ou invasão ou com outras características físicas podem bloquear disparos de projéteis de armas de fogo. Lembrando que a blindagem física balística deve ser compatível contra o calibre da arma da qual se quer se proteger.
As portas com diversos tipos de acabamento de madeira, de acordo com o layout da arquitetura do local, com acabamento elaborado, de forma que visualmente não se identifique sua alta resistência, possuem uma parte interna blindada em aço. Estas portas dispõem de ferrolhos (pontos de travamento da porta em relação ao seu batente), normalmente na mesma lateral da fechadura (tambor ou cilindro da chave), podendo ainda possuir um ou mais ferrolhos na parte superior, na parte inferior e na lateral oposta a da fechadura.
É recomendável que este tipo de dispositivo possua um cilindro ou tambor com alta segurança, pois de nada adiante uma porta com alta resistência que permita que uma simples "gazua" ou "micha" a abra. O cilindro possui em seu interior vários pinos com alturas intercambiáveis, que quando é inserida a chave certa, estes pinos se alinham horizontalmente e permitem o seu giro e posterior retração ou encaixe da lingüeta ou ferrolho no batente. Este cilindro pode possuir perfil oval, retangular com cantos arredondados ou outro design.
A chave pode ser individual ou fazer parte de um processo de mestragem (grã mestra, mestra, sub mestra ou outra hierarquia de acordo com o fabricante).
A fechadura pode não utilizar chave e sim código numérico com sistema mecânico ou eletrônico ou com leitura de cartões no mesmo equipamento, que permite a auditoria periódica de sua utilização.
É possível a instalação de reforço na estrutura interna com perfis de aço no sentido horizontal ou na vertical, de acordo com o seu projeto de fabricação.
Similar a ideia do cilindro com características de segurança, é importante que a chave possua características de alta segurança.
Toda porta independente de ser blindada ou não deve permitir a visão do outro lado, sendo que é possível a adoção dos seguintes equipamentos, aplicados isoladamente ou em conjunto:
• Visor telescópico (olho mágico), caso a porta seja blindada este também deve ser (existem equipamentos com maior amplitude e de menor amplitude em relação ao ângulo de visão);
• Vídeo porteiro (permite a visão da pessoa defronte ao vídeo porteiro, sendo que podem existir mais pessoas e estas não estarão sendo visualizadas pela câmera do vídeo porteiros);
• Câmera de circuito fechado de televisão com um monitor interno, não devemos nos esquecer de pontos cegos, onde pessoas possam se esconder fora do ângulo de visão coberto pela lente da câmera.
Tão importante quanto a blindagem e resistência da porta e o seu Datente e O conjunto de dobradiças, pois de nada adianta uma porta forte apoiada por pontos fracos.
Este tipo de porta pode ser instalada em residências (casas ou apartamentos), locais de trabalho ou em áreas internas (sala de reuniões, sala de executivos e quartos de segurança (tanto na residência ou em local de trabalho)).
Uma porta de segurança só atende sua finalidade principal, quando esta fechada, por isso é necessário a adoção de uma sistema de eclusa/comporta ou "trap" , com duas ou mais portas sucessivas, com abertura intertravada eletricamente e por procedimento e onde for aplicável, com comando de abertura dividida com mais de uma pessoa, pois não é interessante que uma única pessoa abra todas as portas.
Além do sistema de eclusa é interessante que as portas com abertura manual possuam sistemas de molas hidráulicas para que estas se mantenham fechadas, independente da ação de tração mecânica de uma pessoa. Este sistema. Este sistema não é aplicável em portas com aberturas automatizadas com os seguintes sistemas:
• Motor deslizante lateral (vertical ou horizontal);
• Pivotante.
Além de manter a porta fechada (mesmo quando alguém se esquece de fechá-la) a mola hidráulica realiza as seguintes funções:
• Fecha silenciosamente e suavemente (quando projetada para o tipo de porta e regulada adequadamente);
• Evita variações térmicas e mantém o ar condicionado eficiente;
• O tempo de fechamento pode ser regulado de acordo com a necessidade mais conveniente ao local;
• Pode ser utilizada em ambientes externos ou internos;
• Pode possuir uma válvula de desaceleração progressiva, aplicável em portas pesadas (dependendo da força aplicada ultrapassa o limite de abertura forçando a dobradiça ou abertura abrupta;
• O braço pode possuir sistema de parada, de forma que pare na posição aberta;
A mola hidráulica pode possuir braço de mola aéreo (externo) ou braço retrátil (não permitir a sua visualização), podendo ser fixada na porta ou no batente.
Visando aumentar a resistência física deste tipo de barreira física, utilizada em áreas de acesso restrito e controlado, é recomendável a instalação de fechaduras eletromagnéticas.
Uma fechadura eletromagnética possuem dois eletroímãs, que quando energizados exercem uma força de tração que podem variar de 100 Kg a 600 Kg, dependendo do tipo de modelo. Este tipo de equipamento não se desgasta fisicamente pois trabalha somente por contato sem atrito.
Como todo equipamento de alarme, este tipo de fechadura deve possuir um alarme do tipo "tamper1 visando detectar qualquer tentativa de sabotagem ou abertura indevida, monitorada local e externamente.
Além da chave de segurança, esta ou as demais portas podem ser abertas pêlos seguintes sistemas, além do ferrolho manual, eletrônicos, utilizados individualmente ou em conjunto, dependendo do grau de segurança exigido pelo empreendimento:
• Teclado numérico para digitação de senha individual;
• Sistema de finger scan;
• Sistema de geometria da mão;
• Leitora de controle de acesso (tecnologia de smart card, proximidade, wiegand, magnético e barras (leitura óptica).
Tratamento securitário dos riscos
Seguro é o meio de prever e reparar as consequências dos riscos a que todos estão expostos no dia-a-dia. Serve justamente para indenizar eventuais perdas de saúde, vida ou património das pessoas e empresas.
Define-se seguro como:
- "Contrato aleatório, pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança de prémio, a indenizar outra de um perigo ou prejuízo eventual". (Holanda, Aurélio Buarque de - Novo Dicionário da Língua Portuguesa).
Em princípio, cada indivíduo tem um tipo de necessidade e pode escolher um seguro para protegê-lo dos riscos que mais lhe preocupam. No entanto, às vezes, as pessoas contratam uma apólice genérica (documento que define as coberturas contratadas pelo segurado e os riscos aceitos pelo segurador), com coberturas que não se encaixam dentro de suas reais necessidades, como é o caso de homens que, para sua surpresa, acabam descobrindo que seu seguro tem cobertura para parto, por exemplo.
GLOSSÁRIO DOS SEGUROS
Apólice: É o documento que a seguradora emite após a aceitação do risco no qual indica as condições em que é feito o seguro.
Bónus: Um percentual de desconto a que o segurado tem direito na renovação da apólice se não tiver utilizado a anterior.
Cálculo atuarial: É a base estatística sobre a ocorrência de sinistros e expectativa de vida, usada na formação do preço do seguro.
Cosseguro: É a operação onde mais de uma seguradora participa diretamente de um mesmo risco em uma mesma apólice. O prémio e a indenização são proporcionais ao risco assumido. Foi criado pelo mercado para reduzir a taxa do resseguro, monopólio do governo.
Endosso: Documento utilizado para fazer alterações na apólice, como o valor da
importância segurada.
Franquia: É o valor determinado no contrato representando o limite de participação obrigatória do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro.
Prémio: Valor pago pelo segurado à seguradora para que esta assuma um determinado risco.
Resseguro: É a transferência do excesso de responsabilidade, que ultrapassa o limite técnico do segurador, para o ressegurador.
História do Seguro
A história do seguro como fator de proteção diante das fatalidades da vida é muito antiga. Há muito tempo o homem se preocupa em NEUTRALIZAR os efeitos de um acontecimento que pode ou não ocorrer.
Tudo começa em 2.500 a.C., com os Fenícios, onde um grupo de cameleiros reunia-se para uma viagem de uma cidade a outra, o que significava atravessar o deserto, levando 100 camelos. Numa viagem dessas, de aproximadamente uma semana, perdia-se, por exemplo, 10 camelos. Ao chegar ao destino, os integrantes do grupo faziam uma conta e dividiam os prejuízos entre si, comprando novos camelos para os proprietários daqueles animais que faleceram.
Na época, eles não tinham conhecimento matemático para uma previsão ESTATÍSTICA do número de acidentes. Dessa forma eles eram ao mesmo tempo SEGURADORA e SEGURADOS. A figura do prémio não existia, pois e confundia com a indenização.
Muitas vezes, várias situações com que a nossa equipe de segurança se depara no desempenho de suas atividades, por exemplo, alguns conflitos interpessoais poderiam ser evitados, pois os colaboradores deixam de seguir uma orientação, por desconhecimento, na grande maioria das vezes, a segurança tem que intervir e orientá-lo, sendo que o colaborador pode alegar que nunca recebeu treinamento sobre este assunto, mas eventualmente, se multiplicarmos esta situação por vários colaboradores e diversas situações, no cômputo geral isso pode gerar um estresse e uma imagem negativa à equipe, o que pode dificultar o seu trabalho.
Uma pesquisa americana afirma que cerca de 87% dos problemas internos das organizações são ocasionados por funcionários que não conheciam os processos, os procedimentos e a política de segurança.
A segurança é uma questão de negócios, pois sem a devida identificação, análise e tratamento dos riscos potenciais e reais, a partir de sua concretização, podem interromper ou inviabilizá-lo. Entre várias definições de segurança, uma me parece bastante interessante, segurança é a consciência do risco, ou seja, a partir do momento em que temos uma visão clara das ameaças e perigos com que a nossa atividade convive e com uma visão clara de nossos controles e barreiras e suas respectivas vulnerabilidades, que nas mãos dos nossos oponentes se transformam em uma oportunidade para acessar o nosso recurso humano (um ataque terrorista ou uma ação criminosa, por exemplo, entre outras acões criminosas), nosso ativo intelectual (espionagem industrial, um vírus na rede, um ataque de um hacker, ou o furto de uma relação de e clientes ou da planilha detalhada de nossos custos, nossos bens e ativos, a marca, a imagem, nossos contatos comerciais, etc, sendo que uma gestão de segurança eficiente permite que os processos sejam desempenhados buscando-se a efetividade de suas ações, gerenciando o risco, de forma efetiva, fazendo uma analogia, quanto mais a tecnologia de um carro de fórmula um Aumenta, buscando minimizar os tempos de cronometragem, mais a segurança do piloto aumenta, com novos sistemas e processos, ou seja, a segurança permite uma maior performance por parte da empresa.
A política de segurança da empresa deve ser realista, para que sejam colocadas em vigor, a partir da compreensão de todos os colaboradores envolvidos (empregados, prestadores de serviço fixos (residentes), prestadores de serviço fixos (não residentes) e prestadores de serviço eventuais, representantes da comunidade, clientes e visitantes (dependendo da atividade chegamos ao público em geral)), lembrando que é importante que cada nível de organização participe do programa de capacitação mais adequado a sua realidade. O departamento de RH é um excelente parceiro nesta empreitada.
A política de segurança empresarial deve respeitar os seguintes preceitos, entre outros:
• A estratégia de segurança está alinhada com o negócio da empresa e a gestão de riscos;
• Planos e políticas bem delineadas;
• Possuir uma estrutura de gerenciamento de segurança;
• Um programa de educação e conscientização dos colaboradores sobre a importância dos ativos intelectuais e físicos, pois eles são os gestores destes recursos, desenvolvido e implementado;
• Desenvolvimento de auditorias para ajustar custos e aferir a efetividade dos processos implantados, formalizados ou não.
Quando falamos da praticidade focando na implantação e manutenção, isso representa o oposto a um calhamaço de papel com letras minúsculas, cheio de regras de bom comportamento e conduta, um amontoado de procedimentos que o funcionário fez de conta que leu, entendeu, assinou o protocolo e nunca mais olhou.
È muito importante criar um sistema com processos, escrito com procedimentos claros ou fluxo ou outra representação gráfica, que facilite a análise e o mapeamento, utilizando-se de entrevistas e questionários para consolidar toda informação disponível e posteriormente consolidá-la em um manual em papel ou em um arquivo eletrônico, facilitando o controle das revisões e possibilitando treinamento presencial ou a distância (e-learning).
Vale a pena lembrar que o Nirvana, não existe exatamente na Terra e quem faz acontecer a segurança são as pessoas, ou seja, as pessoas são as responsáveis por materializar este sonho, sendo que as pessoas são, fundamentalmente, o eixo mais vulnerável da segurança corporativa. Eles agem em relação a segurança de acordo com a forma com que a empresa gerência suas políticas, mas este trabalho, muitas vezes não é estruturado.
Algumas análises de riscos apontam que as ameaças internas, eventualmente são maiores que as externas, ou seja, voltamos a importância do envolvimento e comprometimento das pessoas, altos gastos em segurança, necessariamente não significam mais segurança, um efetivo desenvolvimento de uma política, envolvendo a área de segurança com as demais áreas da empresa, pode conseguir retornos fantásticos.
As causas mais comuns para uma política de segurança falhar são:
• Problemas de implementação;
• Falta de acompanhamento efetivo e ostensivo;
• Falta de método para medir a aderência aos seus programas;
• As regras devem ser implementadas e os funcionários e prestadores de serviço precisam entender por que podem executar uma tarefa e outra não, muitas vezes o colaborador não tem ideia de como a sua ação ou omissão pode impactar a área de segurança e, por conseguinte, a tingir a empresa como um todo.
A importância do planejamento estratégico na área de segurança empresarial é:
• Manutenção dos pontos fortes (estão sob o seu controle) do seu sistema;
• Conhecimento e adequação dos pontos fracos (estão sob o seu controle) do seu sistema;
• Conhecimento e utilização das oportunidades (não estão sob o seu controle);
• Conhecimento e cuidado com as ameaças (não estão sob o seu controle);
• Alinhamento da política de segurança empresarial com a visão, missão, valores, objetivos e metas da empresa;
• Possuir um plano efetivo de trabalho que define, entre outras ações, - o que, como deve ser, premissas básicas e previsão de recursos;
• Responder para cada objetivo - quando, quem, como e onde;
• Acompanhamento e feed back dos resultados do grupo;
A política de segurança deve ser validada pelo mais alto nível hierárquico da organização.
Algumas questões podem ajudar a definir diretrizes para a visão, valores e missão, lembrando que sempre devemos focar no cliente e não na empresa, por exemplo, eu posso elaborar um perfil mais adequado para um vigilante para atuar em um shopping, mas é muito mais eficiente, analisar o que o cliente externo (público) e o interno (lojistas), entre outros, possuem como expectativas na prestação de serviço de vigilância, ou seja, qual a atuação mais adequada e atingiremos a sua satisfação.
• Qual o nosso objetivo?
• Qual a nossa identidade corporativa?
• Quais as políticas da empresa?
• O que é característico na nossa organização?
• O que fazemos?
• Como fazemos?
• Onde fazemos?
• O que queremos vir a ser?
• O que requer o segmento em que atuamos? Na sequência anunciamos a visão, valores e missão, isso gera:
• Estímulo às pessoas;
• Permite a prospecção de novos caminhos e alternativas;
• Leva as pessoas a aderirem ou abandonarem situações;
É muito importante medir o desempenho, elaborando um sistema de métricas, utilização de critérios objetivos para o reconhecimento de pessoas, na sequência do processo, do sistema e depois do mercado (cliente externo ou interno), pois se a medição, não há como gerenciar o dia a dia das nossas atividades e nem controlar globalmente os resultados dos nossos esforços e da nossa razão de ser, existe um clima de transparência divulgando os resultados, cria-se uma cultura de busca da excelência ou "estado da arte".
Os indicadores estabelecidos na métrica para aferir a eficiência e a performance devem estar baseados em uma relação causa - efeito, procurando medir o resultado e indicar tendências.
Em relação a cada nível da organização, o sistema de medição deve atuar da seguinte forma:
• Estratégico - Analisa de forma holística, avaliando os efeitos da estratégias nas partes interessadas e nas causas desses efeitos, refletindo os resultados das ações na organização como um todo;
• Gerência! - Verifica a contribuição dos diferentes departamentos e setores da organização para a estratégia e avaliar se os setores buscam a melhoria contínua dos seus processos;
• Operacional - avaliam os processos individuais.
A IMPORTÂNCIA DE SE SABER QUAL O IMPACTO DO RISCO NO NEGÓCIO
A segurança varia de uma organização para outra, de um local para outro, de um momento do tempo ao outro, ou seja, você pode desenvolver uma análise de riscos de um determinado empreendimento, por exemplo, um shopping e este estudo de segurança não poderá ser aplicado em outro shopping, como se fosse um conjunto de regras ou procedimentos únicos ou usando um termo mais comum "uma receita de bolo".
Você pode fazer uma análise de risco de um outro negócio, por exemplo, um hospital e depois de dois anos o trabalho deverá sofrer readequações e alterações, se o empreendimento, sua população fixa e flutuante e seus processos, entre outros itens não sofreram nenhuma alteração, o que é muito difícil, as condições externas se alteraram, o sentido de tráfego foi alterado, foi implantada uma parada de ônibus próxima, foi criado um ponto de táxi para seis veículos e em uma área próxima foi inaugurada uma casa noturna que de sexta, sábado e domingo atrai um grande número de frequentadores, inclusive alguns estacionam seus veículos defronte ao estabelecimento em questão, causando sérios problemas ao hospital, que possui um pronto socorro, e normalmente esta área no final de semana possui grande movimentação.
Durante o trabalho de planejamento da segurança, por um erro no método, algumas pessoas se preocupam demais com as ferramentas (humanas, tecnológicas e organizacionais) e não se preocupam tanto em qualificar e quantificar exatamente quais são os riscos reais (já histórico de concretização) e potenciais (não histórico de concretização, mas as condições e características permitem o seu acontecimento) pertinentes ao empreendimento. Fazendo uma analogia para elucidar melhor esta ideia, para obter uma boa profilaxia, primeiro eu preciso de qual patologia (riscos) eu quero me proteger para posteriormente eu definir qual o remédio (ferramentas de segurança) mais adequado para este fim.
O risco pode ser classificado em relação a sua origem :
• Humana - provocado pelo ser humano, a partir de sua ação ou omissão;
• Técnica - provocado por má manutenção, má utilização ou falha técnica;
• Naturais ou incontroláveis - oriundo da natureza, não podem ser controlados, mas podem ser monitorados e, por conseguinte, viabiliza um plano de contingência.
Quem é o responsável por elaborar este processo? A pessoa designada pela direção da empresa, entretanto esta pessoa deve ser o coordenador e facilitador dos processos, mas quem deve conduzir o processo é um comité multidisciplinar.
Este comité será formado por várias pessoas, onde cada função da empresa, com base no seu organograma e seus processos, vai poder passar a sua contribuição, agregando valor a este trabalho, com base na sua experiência e competência, de forma que se mapeie o processo, se elabore um diagnóstico de segurança, se identifique o risco e se quantifique qual o impacto no negócio, no caso da sua concretização.
O diagnóstico de segurança vai representar uma foto panorâmica de seu negócio apontando os pontos fortes (devem ser mantidos) e sua vulnerabilidades (devem ser solucionadas).
Para a elaboração do diagnóstico será necessário visitar o local e entrevistar alguns colaboradores. Pode ser usado um questionário para orientar este levantamento de dados, entre outras perguntas, podemos sugerir:
• Material e altura da barreira perimetral
• Como funcionam os acessos de pedestres e veículos
• O empreendimento possui sistemas de alarmes, explique sua localização e funcionamento
• Local do claviculário e sua forma de controle
• A vigilância é orgânica ou terceirizada
• Qual o efetivo, turnos de serviço e postos
• Como funciona a admissão e a demissão?
• Os funcionários utilizam crachás?
• Qual o processo na perda ou esquecimento do crachá?
• Quais são os dados do crachá?
• Como funciona o acesso de visitantes?
• Como funciona o acesso de prestadores de serviço?
• Qual o histórico de ocorrências?
A partir do levantamento das causas, é possível se verificar quais delas são passíveis A partir do mapeamento dos processos da empresa e possível se elucidar os riscos, precisamos tomar cuidado para não analisar o efeito do risco e sim a sua real causa.
A partir do esclarecimento da causa ou origem, isto no permitira estudar qual a melhor forma de tratar deste risco.
Para se verificar qual a causa, podem ser usados diversos métodos de análise de causa, entre outros, por exemplo:
Brainstorming
Folha de verificação clássica
Histograma ou polígono de frequência
Diagrama de Pareto
Diagrama de Causa/Efeito/ Espinha de peixe
Controle Estatístico de Processo
O brainstorming ou também denominada tempestade de ideias é uma reunião aonde as pessoas vão sugerindo varias soluções, sem se preocupar com a viabilidade operacional completa, pois a partir de várias propostas.é possível que alguém quebre o paradigma ou a partir da mescla de várias propostas se chegar a uma solução viável.
A folha de verificação é um tipo de formulário onde você vai estudar o problema, sugerimos, entre outros, os seguintes itens:
• Identifique a não conformidade
• Descreva a não conformidade o que, quando, onde, quanto e quem
• Análise da não conformidade
• Implemente um programa de emergência.
• Desenvolva hipóteses de causas
• Confirme hipóteses
• Planeje execute as ações corretivas
• Avalie e faça follow-up
A análise de Pareto recebeu este nome em homenagem a Vilfredo Pareto (1848/1923), economista italiano. A partir do Diagrama de Pareto é possível verificar que nem sempre o elemento que aparece com maior frequência em um problema é o mais importante.
O diagrama de causa / efeito é também conhecido por espinha de peixe ou diagrama de ishikawa, você vai lançado as possíveis causas e depois vai estudar cada uma delas.
de serem controladas e quais não estão sob o seu controle.
Quando terminarmos a análise de risco, teremos em nossas mãos, o risco, sua origem, a área da empresa que será afetada na sua concretização, o impacto causado no negócio (devemos lembrar que isto ë um processo, por exemplo, uma fábrica produz peças, que serão utilizadas no processo de outra fábrica, logo se a primeira não conseguir executar seu processo, a segunda é atingida e assim sucessivamente, por um "efeito dominó"), sua probabilidade de concretização e sua respectiva perda financeira.
Partindo desta listagem conseguiremos estabelecer uma prioridade, pois temos que buscar sempre a racionalização no uso dos meios disponíveis.
Devemos pensar na análise de risco como uma forma para parametrizar o impacto no negócio, com base na concretização do risco e suas respectivas perdas financeiras, e, por conseguinte, ela deve ser encarada como uma ferramenta de gestão e não como mais uma planilha no trabalho do planejamento da segurança empresarial.
BARREIRAS PARA IMPEDIR A CONCRETIZAÇÃO DO RISCO
O triângulo do crime é formado por três itens:
Motivação - o criminoso tem um desvio de caráter e personalidade e quer praticar o crime;
Racionalidade ou técnica - o marginal domina alguma técnica (escalada de um muro, arrombamento de uma porta ou uma janela, sabe fazer uma "ligação direta" na partida de um carro, etc) que o ajuda a praticar o crime;
Oportunidade - existe um bem, para nós valioso, não importa qual seja e o acesso a ele foi conseguido de alguma forma, ou seja, foi dada a oportunidade ao marginal e ele praticou seu intento.
É importante notar que os dois primeiros quesitos não estão sob o nosso controle, pois estes dependem da índole, do caráter, da personalidade, da formação e valores morais da pessoa. Podemos controlar somente o último, ou seja, não fornecendo a oportunidade para que ele aja.
O nosso oponente irá procurar as brechas ou abertura no sistema de segurança implantado e agirá no momento de maior fragilidade. Qual o ponto de quebra de uma corrente de elos interligados? Aplicando força ao sistema, ela se romperá em seu ponto mais fraco. Utilizamos esta analogia que o "amigo do alheio" usará para escolher o local, hora e a forma de agir.
Não existe barreira intransponível, ela apenas retarda ou dificulta a ação de um intruso. Toda barreira física pode ser ultrapassada, desde que haja determinação, tempo suficiente, ferramentas eficazes e habilidade no seu uso.
As funções da barreira física são:
Controlar a entrada de pessoas, veículos e materiais;
Definir os limites da área;
Inibir ou impedir uma ação criminosa
Retardar um ação criminosa o que facilita a detecção e a posterior reação.
Podem existir barreiras naturais e estruturais.
As barreiras naturais podem ser taludes, barrancos, penhascos, rios ou córregos, bosques ou florestas, mar (praia), sendo que de alguma forma, elas podem ser ultrapassadas, escalando, caminhando, com motocicleta específica para trilha ou areia, carro com tração 4 X 4, nadando, com equipamento para mergulho livre ou autónomo, com jet-sky ou com barco a remo ou com motor de popa (lancha).
Vamos conversar sobre barreiras físicas:
Barreira perimetral
A altura recomendada é de 2,5 m (os padrões americanos recomendam 2,1 m ou 7 pés), para qualquer tipo de barreira perimetral independente do material utilizado para sua construção.
Pode ser usada uma tela metálica de alambrado com arame retorcido galvanizado, a abertura do vão da tela não deve exceder 25 cm2 e a tela deve estar tensa e esticada de forma adequada, fixadas na parte superior e inferior. Os mourões podem ser de concreto ou ferro, distantes ente si no máximo 3,0 m e sua fixação ao solo deve ser firme com uma profundidade no mínimo de 60 cm.
Pode ser utilizado arame farpado, cada farpa com quatro pontas, os fios devem estar separados horizontalmente no máximo em 15 cm, para manter a tensão adequada é necessário colocar um fio vertical entre os postes de sustentação (90 cm). Os mourões podem ser de concreto ou ferro ou madeira, distantes ente si no máximo 1,8 m e sua fixação ao solo deve ser firme com uma profundidade no mínimo de 60 cm.
Na mesma situação anterior pode ser utilizado arame sem as farpas.
Uma barreira pode ser feita com tábuas na horizontal, denominada de "cerca americana", seguindo o mesmo padrão do arame farpado, independente da largura da tábua.
Pode ser utilizada uma grade metálica, com um desenho vertical (quadrado ou circular) com barras na horizontal, entretanto o ideal e que não existam as barras horizontais, pois estas facilitam a sua escalada. O material pode ser ferro ou alumínio. O ferro é mais resistente e mais seguro, o alumínio é mais frágil, por ser oco, mas resiste mais a corrosão (ferrugem).
A barreira perimetral pode ser feita com vários mourões de concreto, com uma distância entre os postes, de no máximo 10 cm.
A vantagem deste tipo de barreira perimetral, com vãos, ê que ela permite uma visualização de ambos os lados, interno e externo, ou seja as pessoas e veículos que passam podem olhar do outro lado.
A barreira limítrofe pode ser feita por um muro de alvenaria de concreto, tijolos e cimento (mais sólido), tijolos cerâmicos com ou sem cimento recheando os vãos, blocos de cimento com ou sem cimento nos vãos, sendo que o bloco é frágil e pode ser quebrado, formando uma escada para facilitar a invasão ou ainda pode ser montado um muro com placas de concreto, normalmente duas na horizontal, sendo que a placa pode ser deslocada e teremos um vão bastante grande, podendo passar uma ou mais pessoas com objetos, o que o torna bastante frágil.
A vantagem deste tipo de barreira é que ela não permite uma visualização do lado externo para o interno ou vice-versa.
Lembramos que, dentro do possível, não deve haver árvores ou algo que possa facilitar a sobreposição da barreira. Caso existam árvores, recomendamos uma poda regular.
Barreira superior
A altura recomendada é de 0,5 m a 1,0 m (os padrões americanos recomendam 30 cm m ou 1 pé), para qualquer tipo de barreira perimetral independente do material utilizado para sua construção.
A barreira superior ou ofendículos são extensões físicas da barreira, podendo ser utilizado um ágama de elementos.
Nas barreiras de alambrado, arame farpado, arame liso, grade, muro de alvenaria (concreto, tijolo, bloco cerâmico, bloco de cimento e placas de concreto) podem ser instaladas um prolongamento de ferro ou concreto, onde for cabível, com 0,5 m, para a fixação de três ou quatro fios de arame farpado ou liso, distante entre si horizontalmente, no máximo 15 cm.
Esta barreira superior deve ter um ângulo de 45° para dentro, para fora ou em forma de "Y", visando dificultar a invasão da área.
Outra opção para este tipo de barreira é a concertina, denominada por alguns como cerca "ciclone" ou "espiral", pelo seu design, sendo que cada rolo deve ser estendido 15 m com um diâmetro de 90 cm.
Nas barreiras de muro de alvenaria (concreto, tijolo, bloco cerâmico e bloco de cimento) podem ser fixados cacos de vidros quebrados, pontiagudos e cortantes. Lembramos que com a preocupação atual da proliferação do mosquito da dengue, estes cacos não podem permitir o acúmulo de água parada, tornando- se um foco indesejado.
Podem ser usadas lanças em forma de "seta", na posição vertical ou em ângulo de 45° para dentro ou para fora ou em forma de "Y".
Portões e portas de pedestres
O portão para meios de transporte de pessoas ou de carga (bicicleta, motocicleta, carro, ônibus, caminhão, empilhadeira ou trem) pode ser de alambrado, arame farpado ou liso, grade de ferro ou alumínio, com chapas metálicas (chegando ao nível de blindagem balística) ou de madeira (mais frágil).
Caso o portão não possua a altura da barreira perimetral somada a da superior, deve ser instalada uma barreira superior, de forma que não seja criada uma vulnerabilidade.
Os portões podem ser com uma folha, duas folhas ou articulados.
O sistema de abertura pode ser lateral, de correr horizontal lateral ou em curva, correr vertical ou basculante.
O portão pode ser manual ou automático (braço pivotante, motor de correr lateral ou em curva, basculante ou pistão pneumático).
O portão automático pode possuir controle remoto portátil, entretanto como este equipamento funciona com rádio frequência, é possível que um outro controle abra o seu portão, o que consideramos uma vulnerabilidade.
O portão ou porta para pedestres segue a mesma orientação anterior, sendo que as portas podem ser de vidro (temperado (3 a 5 vezes mais resistente que o comum), laminado (duas peças de vidro unidas com um material plástico (policarbonato) entre elas), vidro com malha metálica e vidros blindados (resistência balística proporcional a sua resistência e espessura conforme normas internacionais) ou de plástico (acrílico C\7 vezes mais resistente que o vidro comum) ou de policarbonato (300 vezes mais resistente que o vidro comum e 20 a 30 vezes mais resistente que o acrílico))).
As dobradiças devem ser instaladas na parte interna e caso seja possível é interessante fixar o seu pino.
Janelas
As janelas podem ser de madeira, metal (na maioria das vezes alumínio), vidro (comum, temperado, laminado, vidro com malha metálica e vidros blindados ou de plástico (acrílico ou de policarbonato)).
Seu mecanismo de abertura pode ser lateral, de correr vertical ou lateral ou basculante. No caso de basculante, analisando-se o tamanho de sua abertura, recomendamos a instalação de um limitador na sua abertura, de forma que dificulte ou impeça a passagem de uma pessoa, lembrando que existem vários históricos onde foram usados crianças ou adolescentes, para que estas entrassem e depois abrissem uma porta ou uma janela por dentro para uma ou mais pessoas entrassem indevidamente.
É possível a instalação de grades de ferro ou alumínio para dificultar o acesso Põe lãs, entretanto devemos tomar cuidado com a sua fixação (por parafuso ou chumbadas na parede), pois com um macaco hidráulico (utilizado para erguer o veículo para troca de um pneu, lembre-se que ele é pequeno, podendo ser portado em uma mochila ou uma sacola), é possível arrancá-la da parede, pois como disse Galileu, dê-me um ponto de alavanca e levantarei o mundo.
Vegetação
A barreira perimetral pode possuir alguma vegetação tipo cerca viva (com trepadeiras ou arbusto ou planta similar), para efeito estético ou com planta espinhosa (sansão e Dalila ou unha de gato) para realmente dificultar o acesso, recomendamos que ela seja plantada do lado externo e do lado interno, onde for viável, e que a sua altura seja mantida em 1,0 m com podas regulares. Não recomendamos no perímetro plantas com grande folhas ou arbustos, pois dificultam a visualização do lado externo e/ou interno, dependendo do material utilizado e podem servir como esconderijo para os marginais.
Correntes
Podem ser usadas correntes metálicas ou plásticas passadas em argolas nas paredes, dependendo do vão de abertura, com postes fixos ou removíveis. É interessante que existam placas sinalizadoras com tinta fluorescente para que as pessoas ou veículos visualizem o obstáculo e não ocorram acidentes.
Cancelas
Nos acessos de veículos podem ser utilizadas cancelas, manuais ou automáticas, simples ou dupla, normais ou articuladas (espaços com pé direito menor que o comprimento da travessa da cancela).
O braço da cancela deve possuir um revestimento macio, para evitar ou minimizar danos no caso de impacto, pode ser instalado um sensor no percurso, de forma que a cancela não abaixe, enquanto houver um veículo sob a cancela e o braço da cancela deve ser pintado com cores amarela e preta (zebrada) fluorescente.
Existem cancelas denominadas de "alto fluxo" para locais com grande movimentação, similares àquelas utilizadas em shoppings ou outros estabelecimentos.
Temos cancelas que emitem um comprovante que pode ser autenticado em um caixa ou mesmo em uma máquina, com ou sem pagamento pelo serviço.
Mecanismos nos acessos de veículos
Pode ser usado um dispositivo "fura pneus", onde pregos de aço pontiagudos paralelos presos em uma barra horizontal são erguidos para a posição vertical.
Podem ser instalados dispositivos denominados "garra de tigre" onde um sistema com um desenho similar a uma garra é erguido, com o objetivo de deter o deslocamento do veículo, bloqueando a parte inferior do veículo.
Existe um dispositivo denominado barricada, similar a uma pequena parede, que também pode ser instalada.
Eclusa ou comporta ou trap
Aplicável tanto no acesso de pedestres como no veículos, onde existem dois ou mais portões ou portas em sequência, sendo que o objetivo deste dispositivo é nunca devassar totalmente um acesso, pois se utilizado adequadamente sempre haverá um portão ou porta fechada.
BARREIRAS ELETRÔNICAS
O mercado dispõe de uma gama de recursos tecnológicos que comporão um projeto de segurança.
Em termos de fechaduras existem as seguintes variações:
• Fechaduras mecânicas - possuem sistema mecânicos como cilindros e pinos, podendo ser - simples (yale por exemplo), tetra ou quádrupla ou variadas (desenhos diversos, como por exemplo as de cofre),
• Fechaduras eletromecânicas - podem ser abertas por um comando elétrico, além da chave,
• Fechaduras eletromagnéticas - fechaduras cujos dispositivos de fechamento são eletroimãs, por exemplo, de 300 libras ou 150 Kg, utilizadas em local onde é necessário uma grande resistência, visando dificultar um arrombamento;
• Fechaduras com transponder - similares as de alguns automóveis, onde é necessário que um equipamento esteja junto a chave ou mesmo no seu estojo, para que seja possível a abertura ou ligação do sistema. Este equipamento impede o uso da chave com uma cópia simples da respectiva chave.
• Fechaduras eletrônicas com teclados numéricos - onde é necessário que o usuário digite uma sequência numérica para abrir a fechadura.
• Fechaduras com cartão - sistemas onde é necessário a utilização de um cartão, podendo ser utilizada diversas tecnologias neste cartão, como por exemplo, proximidade, magnético, código de barras, etc, sendo muito utilizada em hotéis.
• Fechadura randômica - fechadura eletrônica que a cada abertura exige uma nova senha numérica.
• Fechadura de retardo - fechadura que pode ser programada de forma que quando de sua liberação, normalmente por senha, ela só abrira após um determinado tempo pré-programado, podendo variar de minutos até dias, muito utilizada em cofres.
• Fechadura triplo cronométrica - fechadura com a mesma característica da anterior, entretanto com outro dispositivo de funcionamento.
Na barreira perimetral podem ser usados os seguintes cabos enterrados -
• Fibra óptica - utilizadas em solo macio, por exemplo grama, com 10 cm de profundidade, detectando a deformação do solo quando pisado
• Coaxial acústico ou microfônico - utilizados em piso duro, por exemplo concreto.
• Fibra óptica entrelaçado no alambrado - visando detectar qualquer tentativa de invasão por escalada ou corte do alambrado.
• Grade com fibra óptica - a fibra está instalada no interior da grade e pode detectar uma tentativa de forçamento ou abertura.
• Barreira superior de fios de cobre ou aço inoxidável energizados.
• Barreira superior de fios sensoreados.
• Concertina com fibra óptica.
• Sistemas de infravermelho ativo com feixe simples, duplo ou mais, podendo-se implantar uma parede virtual.
Nos acessos podem ser utilizados os seguintes equipamentos -
• Porteiro eletrônico.
• Sistema de interfone.
• Vídeo porteiro.
• Captura de imagem da visita para arquivo ou elaboração de crachás.
Nos postos de vigilância pode ser utilizado um sistema de ronda eletrônica ou um dispositivo denominado como "acorda vigia" que exige que um botão seja pressionado de tempo em tempo.
Para facilitar a administração de chaves é possível desenvolver um processo de mestragem de chaves (chaves gran- mestra, sub-mestras e mestras) e a utilização de um claviculário eletrônico.
Em termos de bloqueios físicos podem ser utilizados -
• Mini bloqueios
• Bloqueios (catracas)
• Bloqueio alto (torniquete)
• Baia óptica
Para o sistema de revista pode ser utilizado -
• um sistema de sorteador eletrônico.
• Detector de metal portátil
• Arco ou portal detector de metal.
• Eclusa com detector de metal
• Porta giratória com detector de metal
• Máquina de raio X para volumes (desde cartas até vagões de trem)
• Parede de raio X para pessoas.
Em termos de sensoriamento podemos usar os seguintes dispositivos-
• Contato ou abertura
• Impacto
• Quebra
• Presença ou invasão
• Circular (laser)
• Botão de pânico fixo ou portátil ou por tombamento.
• Alarme com fumaça
• Controle portátil para acionar e desacionar o sistema
• Sirene externa ou interna
• Sistema de discadora - 'no caso de alarme, liga para números pré fixados e informa uma mensagem programada
• Painel de alarme - deve permitir um sistema de senha de rotina e de coação individual e a possibilidade de inibir alguma zona do alarme.
• Monitoramento local ou remoto.
Em áreas fechadas podemos utilizar sistemas de etiquetas eletrônicas com antenas, sendo que estas podem ser rígidas ou flexíveis, descartáveis ou reutilizáveis, gerais ou específicas, podendo usar as seguintes tecnologias -
• Microondas
• Rádio frequência
• Acusto magnético
Podemos utilizar os seguintes equipamentos biométricos -
• Finger scan
• Geometria da mão
• Geometria da face
• Infra vermelho facial
• íris scan
• peso
• voz
Podemos utilizar sistemas de controle de acesso e CFTV, amplamente divulgados no mercado. A parte mais interessante é elaborar um projeto de segurança eletrônica integrando
Todos estes recursos, visando obter uma solução mais eficiente.
GESTÃO DA SEGURANÇA EMPRESARIAL
O plano de segurança de um empreendimento deve incluir:
Designação de um coordenador de segurança;
Designação de um comité de segurança corporativo e um operacional;
A definição de uma cadeia de gerência.
Todo processo quando revisado ou alterado ou implantado (novo) gera mudanças, sendo que as partes envolvidas saem da zona de conforto para uma zona de instabilidade. A notícia da mudança, de uma forma geral, gera o seguinte ciclo para cada pessoa, sendo que o tempo de cada fase varia de pessoa para pessoa:
Imobilismo;
Negação;
Raiva;
Oposição;
Depressão;
Testa;
Aceita.
Para desenvolvermos o planejamento precisamos saber onde estamos (situação atual), onde queremos chegar para se traçar uma estratégia (medidas preventivas).
Quando isso não acontece você corre atrás dos problemas com foco reativo e não pró ativo.
O planejamento possui os seguintes níveis:
Estratégico (sintético) - é projetado a longo prazo e envolve toda a empresa;
Tático (detalhado);
Técnico (detalhado / analítico);
Operacional (detalhado).
Um plano ou um projeto é esforço temporário (ciclo de vida - prazo para início e término) para criar ou redimensionar um produto / serviço, pode ser Simples ou complexo, não repetitivo, mas semelhante.
As partes genéricas de um plano são:
Concepção;
Início;
Elaboração do escopo:
Prazo de entrega;
Cronograma:
Execução:
Ações;
Recursos;
Definição de requisitos do cliente (normas técnicas);
Reunião com clientes e fornecedores;
Visita ao site, entrevistas e solicitação de informações;
Treinamento;
Elaboração de manuais;
Reunião de acompanhamento;
Conclusão:
Entrega do estudo e produto / serviço;
Documento em papel ou em mídia;
Apresentação.
A estimativa de tempo para elaboração e implementação de um plano pode ser baseada nos seguintes quesitos:
Porte do empreendimento;
Localização do empreendimento;
População fixa;
População flutuante;
Inventário de ativos e valores;
Histórico de ocorrências;
Acessos de pedestres;
Acessos de veículos;
Acessos de materiais;
Funções críticas da empresa.
O projeto pode ser desenvolvido de forma global ou por etapa ou de forma híbrida, na área interna ou externa do empreendimento.
Os seguintes fatores podem gerar atraso em um plano:
Falta de documentos e informações;
Naturais;
Dificuldade de conciliar agendas;
O cronograma não considera a perda de tempo;
Superestimar a competência e a capacidade;
O planejamento do tempo é muito otimista.
Os fatores críticos de sucesso - FCS de um plano ou projeto são:
Escopo claro;
Foco no cliente;
Prazo bem analisado;
Uso adequado de recursos;
Orçamento cumprido;
Produto / serviço entregue;
Coordenador competente;
Equipe competente;
Trabalho em equipe;
Cliente satisfeito.
Para o levantamento de dados podem ser feitas pesquisas nos seguintes documentos:
Procedimentos internos de segurança;
Procedimentos não formalizados;
Histórico de ocorrências;
Código de ética;
Políticas e procedimentos do RH;
Procedimentos do SESMT;
veículos de comunicação interna;
Internet;
Intranet.
O responsável pela elaboração do projeto deve Identificar pessoas chaves, Elaborar questões para levantamento de informações, avaliar os riscos (identificação, medição e priorização). através de um método objetivo ou matemático ou subjetivo, consolidar toda a informação e prepara o relatório escrito.
O plano deve apresentar:
Diagnóstico da situação atual e sugestões de melhoria;
Políticas de segurança não formalizadas e formalizadas;
Identificação e avaliação dos riscos;
impacto no negócio;
Tratamento dos riscos;
Medidas de proteção;
Custo da não solução X custo da proteção;
Formatação do manual de normas e procedimentos (foco preventivo);
Plano de contingência, recuperação e continuidade (foco reativo);
Controle e avaliação (SLA);
Comunicação do programa pela direção aos funcionários;
Marketing do programa - Comunicação escrita / visual.
Recomendação de treinamento de funcionários (gerentes, seguranças, outros);
Relatórios de resultados operacionais;
Auditorias de procedimentos;
Gestão operacional;
Reuniões de avaliação de resultados.
Todo plano deve incluir um sistema de métricas com base em indicadores (ferramenta utilizada para análise e evolução de um processo, visando identificar pontos passíveis de melhoria e direcionar a elaboração de planos de ação).
Um bom indicador deve:
Medir apenas o que é importante para o cliente;
Ser sensível às variações do processo;
Ser objetivo e facilmente mensurável;
Fornecer respostas na periodicidade adequada;
Estar próximo ao ponto de melhoria do processo;
Ser rico em informações e não apenas dados.
O gestor pode elaborar um acordo de nível de serviço (SLA), no caso de contratação de serviços de terceiros ou quarteirizados. Os SLA's são instrumentos formais, acordado entre Cliente e Fornecedor, que visam estabelecer e controlar os níveis de qualidade na prestação dos serviços contratados e os requisitos básicos para as suas solicitações. Devem ser estabelecidos a fim de definir claramente sob quais condições serão executados os serviços.
O estabelecimento de um SLA exige negociação entre as partes, a fim de atingir-se um ponto ótimo entre as expectativas do usuário e o que pode ser oferecido pelas fornecedor.
RECURSOS ORGANIZACIONAIS
Em nossos artigos anteriores tecemos alguns comentários sobre as barreiras físicas, tantos as naturais, por exemplo, um penhasco ou um lago, e as estruturais, muros, paredes, grades, alambrados, concertinas, etc, barreiras tecnológicas, em relação as suas características e aplicações, recursos humanos, o mais importante de todos pois analisa e processa todas as informações e inicia a respectiva pronta resposta entre diversas ferramentas que poderiam ser utilizadas no tratamento de um ou mais riscos, eliminando, reduzindo ou minimizando seus impactos (humanos, materiais, financeiros, etc).
Dando continuidade na nossa linha de pensamento, vamos fechar este série de artigos, discorrendo sobre a parte organizacional.
O objetivo de um trabalho de segurança deve atender aos seguintes quesitos:
Proteção da vida e integridade física das pessoas (empregados, prestadores
de serviço, visitantes e comunidade)
Proteção do património da empresa (tangível e intangível)
Restauração das atividades ao ritmo normal, quando da ocorrência de
sinistros.
O primeiro passo é a elaboração do perfil de cargo, pois para um eficiente recrutamento e seleção, é necessário que o responsável por este processo tenha uma ideia clara e precisa do que a área operacional precisa, entre competência, experiência e formação.
Na sequência vamos precisar da descrição das diversas atividades que este funcionário irá desempenhar, podemos denominar isto de instruções de trabalho ou atividades do posto, este será o instrumento que permitirá ao funcionário saber quais são suas atividades, sua autoridade e autonomia e respectivas responsabilidades. Isto evita perda dúvidas quando da execução do serviço, por exemplo, se é necessário utilizar um programa informatizado para o cadastramento de crachás de acesso, pode haver um fluxograma de ações, de forma que uma dúvida possa ser sanada rapidamente, através de um índice remissivo por assuntos ou dúvidas mais frequentes. Um grande erro na atividade gerencial é definir as responsabilidades e não delegar a respectiva autoridade para esse cargo.
Quando da admissão, o novo funcionário deve receber um manual onde são abordados diversos assuntos, entre outros:
Missão da empresa
Objetivos e metas da empresa e do respectivo departamento
Políticas corporativas de segurança
Manual de Ética da empresa
Política da qualidade
Organograma da empresa
Telefone dos departamentos
Benefícios e respectivos telefones;
Orientações gerais sobre a segurança
Acesso de pessoas (funcionários, terceiros - fixos e temporários, estagiários e visitantes)
Acesso de veículos (passeio, carga e descarga, frota e visitantes) > Acesso de materiais (entrada e saída de materiais da empresa e particulares, por exemplo, notebook) > Áreas restritas;
Segurança da informação (confidencialidade e não divulgação de informação proprietária e segredos comerciais)
Plano de abandono
Plano de contingência e continuidade de negócios
Na sequência este funcionário recém admitido passará por uma palestra de ambientação e integração onde ele poderá conhecer melhor a empresa, seu organograma e normas gerais.
Dependendo da sua área de atuação, poderá passar por um estágio acompanhando, onde um funcionário mais experiente ou graduado, o auxiliará, até que este adquira um mínimo da prática requerida para o trabalho.
Esta empresa possui um programa de capacitação pessoal, onde cada funcionário, com base nas suas atividades e possibilidade de ascensão, deverá receber X horas de treinamento por um determinado horário, mesclando treinamentos e palestras padrões e outros opcionais, de acordo com o seu cargo. Este treinamento deverá prever o conteúdo programático, sua duração, forma de aplicação, medição do aprendizado e avaliação pelo instruendo para possíveis melhorias.
Os procedimentos de segurança da empresa são formalizados por posto de serviço, sendo que estão registrados as atividades, formas de atuação rotineira e contingencial, quem deve ser acionado no caso de dúvidas e o nível de revisão e prazo de sua validade. É interessante que cada posto possua cópia "controlada" de suas instruções de trabalho. A elaboração destes procedimentos deve ser feita de forma coordenada e participativa e o seu conteúdo deve ser divulgado amplamente, visando criar uma consciência de segurança.
Deve haver um manual de operação dos diversos equipamentos utilizados pela área de segurança:
Sistema de controle de acesso
Sistema de CFTV;
Sistema de sensoriamento
Sistema de incêndio
Sistema de iluminação de emergência
Portões e cancelas
Estes manuais devem contemplar a situação de manutenção preventiva e corretiva, bem como a correta utilização dos sistemas, por exemplo, qual o tempo de gravação por fita e qual o horário da troca de fita, no caso de equipamento analógico, como levantar um dado do sistema de controle de acesso e quem está autorizado a solicitar tal informação (confidencialidade da informação), qual o horário de abertura e fechamento dos portões e qual a rotina no caso de pane, por exemplo, utilizar cones e corrente plástica ou desligar o motor e operá-lo manualmente.
O projeto de segurança que orientou a implantação de todo o sistema de forma integrada, deve possuir os seguintes itens:
Análise de risco, ameaças e vulnerabilidades
Impacto no negócio
Recomendações de segurança
Relação custo benefício
Plano para implantação das medidas
Para manter todo o sistema funcionando de forma adequada, atendendo os padrões estabelecidos para o sucesso da operação, deve existir um plano de auditoria, comparando a realidade com o estimando e adotando ações de correção e corretivas.
Quando do desligamento do funcionário, este deve passar por uma entrevista, onde lhe será solicitada a devolução do crachá e demais equipamentos da empresa. Nessa entrevista deverão ser lembrados acordos anteriormente assumidos entre o empregado e a empresa.
A parte organizacional irá concatenar toda a operação de segurança e permitirá um funcionamento adequado e eficiente, com aferições quando necessário, visando atender aos padrões de qualidade estabelecidos e exigidos pela respectiva área responsável pela gestão da segurança.
RECURSOS HUMANOS
Em nossos artigos anteriores tecemos alguns comentários sobre as barreiras físicas e tecnológicas, em relação as suas características e aplicações, entre diversas ferramentas que poderiam ser utilizadas no tratamento de um ou mais riscos, eliminando, reduzindo ou minimizando seus impactos (humanos, materiais, financeiros, etc).
Dando continuidade na nossa linha de raciocínio, vamos imaginar como o recurso humano, o mais importante de todos, pois a barreira física tem o papel de impedir, dissuadir e retardar e a barreira eletrônica, além das funções da barreira física contribui também para monitorar e detectar uma tentativa ou a concretização de um acesso indevido, dependendo de sua configuração, possibilitando uma resposta ou reação, local e/ou remota e a barreira humana tem a função de monitorar e/ou iniciar as respectivas respostas, no caso de ocorrências.
O primeiro recurso humano que dispomos é o vigilante patrimonial, do sexo masculino ou feminino, sendo que este pode ser orgânico (possui vínculo empregatício na respectiva empresa onde presta serviço), terceirizado ou quarteirizado (não possui vínculo empregatício com a empresa onde presta o serviço), em ambas as situações deve seguir legislação federal específica, onde está contemplanda a questão do curso de formação e reciclagem em escola credenciada junto a Polícia Federal, matéria e carga horária de cada matéria, armamento e munição (aquisição, documentação, porte, tipo, guarda, etc) que podem ser utilizadas, uniforme, documentação legal, como por exemplo, certificado de vistoria, autorização de funcionamento, carteira nacional de vigilância, etc. Este vigilante pode atuar armado ou desarmado, podendo atuar nas diversas escalas de serviço homologadas pelo respectivo sindicato (12 X 36, 4 X 2, 5 X 2, 5 X 1 , etc).
Pode ser um posto diurno ou noturno ou diuturno, no caso de ser armado não diuturno, devemos nos lembrar onde o armamento e a munição ficarão custodiados, quem será responsável pela sua custódia e quem poderá-acessa-los. Nossa sugestão é um compartimento metálico chaveado fixado em uma parede ou ao solo, pois dependendo do seu volume, pode possibilitar que alguém coloque este invólucro dentro de uma mochila ou sacola e o furte.
Este vigilante pode desenvolver suas funções em um posto fixo da seguinte forma:
• sem proteção - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé em uma área aberta, como por exemplo, uma portaria ou um portão de veículos ou uma doca de carga e descarga ou um heliponto;
• com proteção de intempéries - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé protegido por um toldo ou cobertura similar ou uma guarita de madeira ou de fibra de vidro;
• com proteção parcial - uma área definida com pequenos deslocamentos a pé protegido parcialmente por alguma barreira física, por exemplo, um escudo balístico ou parte de uma edificação;
• com proteção - em uma área ou em uma área fechada corno uma guarita com blindagem balística em toda a sua estrutura (vidros, posições de tiro ou seteiras, passa documento, passa volumes, portas, paredes e alçapões; As guaritas podem estar ao nível do solo ou elevadas ou mistas. Este último recurso é feito com uma plataforma que possui um braço que ergue uma base.
Este vigilante pode desenvolver suas funções em um posto móvel da seguinte forma:
• sem proteção - em uma área definida com deslocamentos em uma área aberta, como por exemplo, em uma rua interna ou no perímetro interno da barreira perimetral ou em uma área aberta ou dentro d edificações;
• com proteção parcial - utilizando um colete balístico sobre seu uniforme;
Estes deslocamentos podem ser feitos da seguinte forma:
• a pé,
• de bicicleta;
• montado em um cavalo;
• com uma motocicleta (existe a função do vigilante motociclista);
• com um veículo terrestres de quatro rodas, com as devidas características para o desenvolvimento do serviço, tração 4 X 2 ou 4 X 4;
• com um meio de transporte aquático (jet sky ou lancha ou um barco);
• com um meio de transporte aéreo (paraglider, helicóptero ou um avião)
Os vigilantes podem ser armados ou desarmados.
Este vigilante pode participar e ser aprovado em um curso de segurança pessoal e desenvolver as funções de segurança pessoal.
Um vigilante pode se inscrever e concluir um curso de transporte de valores e pode desempenhar o trabalho de escolta de cargas ou trabalhar no segmento de transporte de valores nas seguintes funções:
• Vigilante de carro forte ou cobertura;
• Fiel ou chefe de equipe;
• Motorista
Temos a função de vigilante operador de central, que irá atuar em um local onde exista uma concentração de diversos equipamentos, como por exemplo, monitores de CFTV, controles de câmeras (pan, tilt, zoom, gravação, acompanhamento ou congelamento de imagens, etc), quadro sinóptico de sensores de alarmes, controles por chave e/ou software de elevadores, estações fixas e móveis de rádio comunicação, claviculários eletrônicos, etc.
O quadro da equipe de segurança pode possuir um vigilante líder, um encarregado, um supervisor, um inspetor ou um coordenador, de acordo com o organograma funcional.
É possível a utilização de recepcionistas ou porteiros, lembrando-se que estas pessoas não devem desenvolver funções similares em relação ao vigilante, nem mesmo para cobertura de refeições ou falta e estes também não devem monitorar equipamentos de CFTV ou alarmes ou dirigir viaturas, pois estas funções são pertinentes ao vigilante.
Segurança nos acessos de pedestres
Durante a análise de segurança, que se inicia com uma análise de riscos da segurança empresarial e se conclui com as respectivas recomendações de segurança, devemos analisar a segurança dos acessos de pedestres, entre outras áreas, pois de uma forma geral os riscos abrangidos na categoria anti-social se iniciam quando rompem o limite da área pública e adentram indevidamente na área privada.
Podemos utilizar uma porta blindada, sendo que essa blindagem pode dificultar um arrombamento ou invasão ou com outras características físicas podem bloquear disparos de projéteis de armas de fogo. Lembrando que a blindagem física balística deve ser compatível contra o calibre da arma da qual se quer se proteger.
As portas com diversos tipos de acabamento de madeira, de acordo com o layout da arquitetura do local, com acabamento elaborado, de forma que visualmente não se identifique sua alta resistência, possuem uma parte interna blindada em aço. Estas portas dispõem de ferrolhos (pontos de travamento da porta em relação ao seu batente), normalmente na mesma lateral da fechadura (tambor ou cilindro da chave), podendo ainda possuir um ou mais ferrolhos na parte superior, na parte inferior e na lateral oposta a da fechadura.
É recomendável que este tipo de dispositivo possua um cilindro ou tambor com alta segurança, pois de nada adiante uma porta com alta resistência que permita que uma simples "gazua" ou "micha" a abra. O cilindro possui em seu interior vários pinos com alturas intercambiáveis, que quando é inserida a chave certa, estes pinos se alinham horizontalmente e permitem o seu giro e posterior retração ou encaixe da lingüeta ou ferrolho no batente. Este cilindro pode possuir perfil oval, retangular com cantos arredondados ou outro design.
A chave pode ser individual ou fazer parte de um processo de mestragem (grã mestra, mestra, sub mestra ou outra hierarquia de acordo com o fabricante).
A fechadura pode não utilizar chave e sim código numérico com sistema mecânico ou eletrônico ou com leitura de cartões no mesmo equipamento, que permite a auditoria periódica de sua utilização.
É possível a instalação de reforço na estrutura interna com perfis de aço no sentido horizontal ou na vertical, de acordo com o seu projeto de fabricação.
Similar a ideia do cilindro com características de segurança, é importante que a chave possua características de alta segurança.
Toda porta independente de ser blindada ou não deve permitir a visão do outro lado, sendo que é possível a adoção dos seguintes equipamentos, aplicados isoladamente ou em conjunto:
• Visor telescópico (olho mágico), caso a porta seja blindada este também deve ser (existem equipamentos com maior amplitude e de menor amplitude em relação ao ângulo de visão);
• Vídeo porteiro (permite a visão da pessoa defronte ao vídeo porteiro, sendo que podem existir mais pessoas e estas não estarão sendo visualizadas pela câmera do vídeo porteiros);
• Câmera de circuito fechado de televisão com um monitor interno, não devemos nos esquecer de pontos cegos, onde pessoas possam se esconder fora do ângulo de visão coberto pela lente da câmera.
Tão importante quanto a blindagem e resistência da porta e o seu Datente e O conjunto de dobradiças, pois de nada adianta uma porta forte apoiada por pontos fracos.
Este tipo de porta pode ser instalada em residências (casas ou apartamentos), locais de trabalho ou em áreas internas (sala de reuniões, sala de executivos e quartos de segurança (tanto na residência ou em local de trabalho)).
Uma porta de segurança só atende sua finalidade principal, quando esta fechada, por isso é necessário a adoção de uma sistema de eclusa/comporta ou "trap" , com duas ou mais portas sucessivas, com abertura intertravada eletricamente e por procedimento e onde for aplicável, com comando de abertura dividida com mais de uma pessoa, pois não é interessante que uma única pessoa abra todas as portas.
Além do sistema de eclusa é interessante que as portas com abertura manual possuam sistemas de molas hidráulicas para que estas se mantenham fechadas, independente da ação de tração mecânica de uma pessoa. Este sistema. Este sistema não é aplicável em portas com aberturas automatizadas com os seguintes sistemas:
• Motor deslizante lateral (vertical ou horizontal);
• Pivotante.
Além de manter a porta fechada (mesmo quando alguém se esquece de fechá-la) a mola hidráulica realiza as seguintes funções:
• Fecha silenciosamente e suavemente (quando projetada para o tipo de porta e regulada adequadamente);
• Evita variações térmicas e mantém o ar condicionado eficiente;
• O tempo de fechamento pode ser regulado de acordo com a necessidade mais conveniente ao local;
• Pode ser utilizada em ambientes externos ou internos;
• Pode possuir uma válvula de desaceleração progressiva, aplicável em portas pesadas (dependendo da força aplicada ultrapassa o limite de abertura forçando a dobradiça ou abertura abrupta;
• O braço pode possuir sistema de parada, de forma que pare na posição aberta;
A mola hidráulica pode possuir braço de mola aéreo (externo) ou braço retrátil (não permitir a sua visualização), podendo ser fixada na porta ou no batente.
Visando aumentar a resistência física deste tipo de barreira física, utilizada em áreas de acesso restrito e controlado, é recomendável a instalação de fechaduras eletromagnéticas.
Uma fechadura eletromagnética possuem dois eletroímãs, que quando energizados exercem uma força de tração que podem variar de 100 Kg a 600 Kg, dependendo do tipo de modelo. Este tipo de equipamento não se desgasta fisicamente pois trabalha somente por contato sem atrito.
Como todo equipamento de alarme, este tipo de fechadura deve possuir um alarme do tipo "tamper1 visando detectar qualquer tentativa de sabotagem ou abertura indevida, monitorada local e externamente.
Além da chave de segurança, esta ou as demais portas podem ser abertas pêlos seguintes sistemas, além do ferrolho manual, eletrônicos, utilizados individualmente ou em conjunto, dependendo do grau de segurança exigido pelo empreendimento:
• Teclado numérico para digitação de senha individual;
• Sistema de finger scan;
• Sistema de geometria da mão;
• Leitora de controle de acesso (tecnologia de smart card, proximidade, wiegand, magnético e barras (leitura óptica).
Tratamento securitário dos riscos
Seguro é o meio de prever e reparar as consequências dos riscos a que todos estão expostos no dia-a-dia. Serve justamente para indenizar eventuais perdas de saúde, vida ou património das pessoas e empresas.
Define-se seguro como:
- "Contrato aleatório, pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança de prémio, a indenizar outra de um perigo ou prejuízo eventual". (Holanda, Aurélio Buarque de - Novo Dicionário da Língua Portuguesa).
Em princípio, cada indivíduo tem um tipo de necessidade e pode escolher um seguro para protegê-lo dos riscos que mais lhe preocupam. No entanto, às vezes, as pessoas contratam uma apólice genérica (documento que define as coberturas contratadas pelo segurado e os riscos aceitos pelo segurador), com coberturas que não se encaixam dentro de suas reais necessidades, como é o caso de homens que, para sua surpresa, acabam descobrindo que seu seguro tem cobertura para parto, por exemplo.
GLOSSÁRIO DOS SEGUROS
Apólice: É o documento que a seguradora emite após a aceitação do risco no qual indica as condições em que é feito o seguro.
Bónus: Um percentual de desconto a que o segurado tem direito na renovação da apólice se não tiver utilizado a anterior.
Cálculo atuarial: É a base estatística sobre a ocorrência de sinistros e expectativa de vida, usada na formação do preço do seguro.
Cosseguro: É a operação onde mais de uma seguradora participa diretamente de um mesmo risco em uma mesma apólice. O prémio e a indenização são proporcionais ao risco assumido. Foi criado pelo mercado para reduzir a taxa do resseguro, monopólio do governo.
Endosso: Documento utilizado para fazer alterações na apólice, como o valor da
importância segurada.
Franquia: É o valor determinado no contrato representando o limite de participação obrigatória do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro.
Prémio: Valor pago pelo segurado à seguradora para que esta assuma um determinado risco.
Resseguro: É a transferência do excesso de responsabilidade, que ultrapassa o limite técnico do segurador, para o ressegurador.
História do Seguro
A história do seguro como fator de proteção diante das fatalidades da vida é muito antiga. Há muito tempo o homem se preocupa em NEUTRALIZAR os efeitos de um acontecimento que pode ou não ocorrer.
Tudo começa em 2.500 a.C., com os Fenícios, onde um grupo de cameleiros reunia-se para uma viagem de uma cidade a outra, o que significava atravessar o deserto, levando 100 camelos. Numa viagem dessas, de aproximadamente uma semana, perdia-se, por exemplo, 10 camelos. Ao chegar ao destino, os integrantes do grupo faziam uma conta e dividiam os prejuízos entre si, comprando novos camelos para os proprietários daqueles animais que faleceram.
Na época, eles não tinham conhecimento matemático para uma previsão ESTATÍSTICA do número de acidentes. Dessa forma eles eram ao mesmo tempo SEGURADORA e SEGURADOS. A figura do prémio não existia, pois e confundia com a indenização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário