terça-feira, 1 de março de 2011

SEGURANÇA ELETRÔNICA: O BARATO PODE SAIR CARO


Apesar do crescimento verificado nos últimos anos, o total de alunos no ensino superior está bastante longe da meta estabelecida pelo governo. Até 2011, o Brasil pretende ter 30% da população com curso superior. Os números atuais correspondem a menos de 12%. "Muitas pessoas não vão para universidade porque sequer terminam o ensino médio. E mais de 60% das pessoas que terminam o ensino médio não ingressam na universidade", contabiliza o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, que divulgou essa semana os números do último Censo da Educação Superior.

O mercado da segurança eletrônica tem ganhado cada vez mais espaço nos últimos anos em Natal. Segundo Robson Fontes, diretor de uma das empresas da área em Natal, a VIPS Segurança, o segmento está em desenvolvimento devido às novas tecnologias disponíveis, o que acarreta uma melhor qualidade da prestação de serviços e gera mais confiabilidade ao cliente. Dentro do cenário local o crescimento é constatado pelo surgimento de novas empresas.

"A segurança é um dos bens mais preciosos e deve ser encarada como um investimento e não como um custo a mais. Inicialmente a maioria de nossos clientes era formada por pessoas que antes de optarem pelo serviço sofreram algum tipo de prejuízo, como furtos, roubos ou assaltos em suas propriedades. Entretanto as preocupações com o bem-estar e prevenção de infortúnios estão fazendo com que o natalense procure a segurança eletrônica de forma preventiva", conta Robson.

No entanto, é importante lembrar que antes da escolha de um serviço como estes, aspectos muito importantes não podem ser deixados em segundo plano. As empresas especializadas na prestação de serviços de consultoria e elaboração de projetos de segurança eletrônica deverão contar em seus quadros responsáveis por essa atividade, como profissionais de segurança especializados, inscritos em associação do segmento como Associação Brasileira de Empresas de Segurança Eletrônica (ABESE), Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), entre outros, regularmente estabelecida e de abrangência nacional. "Há muitas empresas que não têm estrutura de atendimento adequada, sem viaturas suficientes para chegar ao cliente, nem estrutura técnica para atender às manutenções preventivas. Em alguns casos, a comunicação entre cliente e a empresa de segurança é realizada por Bina, o que contraria o padrão de qualidade, já que existem softwares específicos", enfatiza Robson.

REGULAMENTAÇÃO

A segurança é um dos mercados que mais empregam no Brasil. Hoje, existem mais de oito mil empresas atuantes no segmento de sistemas eletrônicos de segurança, gerando cerca de 100 mil empregos diretos e mais de um milhão indiretos, segundo dados da ABESE. Atualmente, cerca de 450 mil imóveis são monitorados por sistemas eletrônicos de alarmes no país. Em 2007, o setor movimentou a ordem de US$ 1,2 bilhão, com um crescimento de 15%, em comparação ao ano anterior. A expectativa para o balanço do ano de 2008, que está sendo fechado, é de um crescimento de cerca de 16%, em relação a 2007. Segundo dados da Coordenação de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal, existem no Brasil, hoje, 431.600 vigilantes, ou seja, 19.700 a mais do que os 411.900 policiais militares estimados pelo Ministério da Justiça. Esse "exército" também supera, em 35%, o efetivo total das Forças Armadas, que é de 320.400 homens. E para comprovar que o segmento ganha cada vez mais espaço no cenário nacional e está cada vez mais próximo de contar com uma legislação específica, acaba de ser aprovado em mais uma comissão da Câmara dos Deputados o projeto de lei (PL 1759/2007), criado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) para regulamentar as atividades do setor.

O projeto, que conta com o apoio político do Deputado Federal Michel Temer (PMDB-SP), conquistou sua primeira vitória em maio de 2008, quando passou pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). Agora, o PL 1759/2007 também foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC). Antes de ser sancionado pela Presidência da República, ele segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), para, então, ser aprovado na Câmara dos Deputados. Em seguida, passará pela apreciação do Senado.

Em resumo, o projeto delimita a atuação e cria uma série de diretrizes para as empresas de sistemas eletrônicos de segurança. Define o texto que a instalação de equipamentos, como alarmes monitorados, câmeras de vigilância, sistemas de controle de acesso, de detecção de incêndio e outros, são de atividade exclusiva de empresas do segmento. Assim como as atividades complementares de manutenção, assistência técnica, monitoramento e inspeção técnica de sinais de equipamentos eletrônicos e rastreamento de pessoas e bens móveis.

O PL também define regras para a constituição de empresas de segurança eletrônica, delegando ao Ministério da Justiça - e opcionalmente às Secretarias de Segurança Pública de cada Estado - a responsabilidade de emitir autorizações de funcionamento às empresas e a renovação das mesmas. Também fica a cargo do Ministério da Justiça a fiscalização das empresas e as aplicações das punições previstas aos infratores.

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