Rio já tem mais casos de dengue que 2010 e 2009 juntos
Somente nos primeiros meses do ano, número de infectados passou de 8 mil
O número de casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegou a 8.315, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. A quantidade supera os valores dos últimos dois anos juntos. Em 2010, foram notificados 3.120 casos e, em 2009, 2.723. Os números só não superam o patamar atingido em 2008, quando foram registrados mais de 126 mil casos ao longo do ano.
Neste ano, seis pessoas morreram no município por causa da doença. Entre os bairros mais afetados estão Santa Cruz, com 124 casos, Anchieta, com 162, Rocinha, com 164, e Irajá, com 172.
O número de casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro chegou a 8.315, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. A quantidade supera os valores dos últimos dois anos juntos. Em 2010, foram notificados 3.120 casos e, em 2009, 2.723. Os números só não superam o patamar atingido em 2008, quando foram registrados mais de 126 mil casos ao longo do ano.
Neste ano, seis pessoas morreram no município por causa da doença. Entre os bairros mais afetados estão Santa Cruz, com 124 casos, Anchieta, com 162, Rocinha, com 164, e Irajá, com 172.
DICAS: BORRA DE CAFÉ COMBATE O MOSQUITO
DA DENGUE
DA DENGUE
O mosquito Aedes aegypti pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, e sobre o solo do jardim e quintal.
A bióloga Alessandra Laranja, uma cientista paulista, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp/São José do Rio Preto, descobriu este efeito anti-Aedes da borra, durante a pesquisa da sua tese de mestrado, orientada pelo professor Hermione Bicudo.
Os testes realizados em laboratório, comprovaram que a borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais, como o metabolismo hormonal e o processo da reprodução, que bloquea o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti, impedindo a postura e, quando esta ocorre, impedindo o desenvolvimento dos ovos do mosquito.
REVOLUÇÃO
A novidade adquire maior importância no momento em que o Brasil, já assolado pelas dengues dos tipos 1 e 2, prepara-se para o crescimento do número da casos da dengue tipo 3, a hemorrágica, que provoca hemorragias internas no infectado e é a mais grave.
Conforme as estatísticas do Ministério da Saúde (Fundação Nacional de Saúde, Funasa), no ano passado, a dengue vitimou mais de 200 mil pessoas no País.
RECEITA
1)Duas colheres de sopa de borra de café, para cada meio copo de água, a solução pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.
2) "A borra não precisa ser diluída em água para ser usada", destaca a bióloga. Pode também ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la. Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.
Como Alessandra explica, o mosquito Aedes se desenvolve mesmo na película fina de água que, às vezes, se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas. Desenvolve-se também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus, garrafas, latas,caixa d'água etc.)
O CICLO E TRANSMISSÃO
O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto.
A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem, na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos:
1)O mosquito, inseto fêmea , pica uma pessoa infectada, mantém o vírus na saliva . Após a ingestão de sangue infectado, ocorre na fêmea um período de incubação que varia de oito a 12 dias.
2)O mosquito a partir daí, se transforma em transmissor da doença, podendo contaminar até 300 pessoas, em seus até 45 dias de vida.
3) Se uma pessoa picada já tiver contraído dengue antes, a doença pode evoluir para a forma hemorrágica.
O MOSQUITO
O mosquito Aedes aegypti, menor que um pernilongo comum, tem cor escura e corpo e patas listrados de branco. Ele não nasce com o vírus da dengue, mas se torna portador depois de picar uma pessoa contaminada.
Apenas a fêmea pica o ser humano (somente de dia) e deposita seus ovos geralmente em água limpa ou suja, parada e na sombra.
O QUE É A DENGUE E SEUS TIPOS
A dengue é a doença infecciosa causada por vírus, aguda e de gravidade variável. Apresenta-se sob as formas de dengue clássica (tipos 1 e 2) e dengue hemorrágica (tipo 3), sendo essa última a forma mais grave da doença no Brasil. A dengue hemorrágica (tipo 3) ocorre quando um indivíduo contrai novamente a dengue causada por um vírus de sorotipo incompatível com aquele que o infectou na primeira vez.
No Brasil, o Aedes aegypti ainda transmite a febre amarela, o que a Funasa já constatou em Goiás e Minas Gerais, estados sob intensas chuvas.
PREVENÇÃO E COMBATE
Nesta época, não use vasos ou jarros de flores ou plantas com água acumulada.
Manter os vasos de plantas secos. Tampar caixas d'água.
Manter o quintal livre de pneus, copos, latas e quaisquer recipientes que possam acumular água e facilitar a reprodução do mosquito.
Evite jogar lixo próximo a bueiros. Se eles entupirem, poderão formar poças de água que facilitarão a proliferação do mosquito.
Se for necessário manter recipientes com água para o abastecimento da casa, deixe-os muitos bem tampados, para evitar a entrada do mosquito.
O método mais usado no combate ao Aedes aegypti, atualmente, é o da aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.
Esses inseticidas são os do fumacê e do líquido usados pelos técnicos em saúde pública.
A bióloga Alessandra discorda da utilização desses inseticidas: "A borra de café, além de ter custo zero, é de fácil aplicação, principalmente entre a população de baixa renda, não é tóxica, não prejudica as plantas e pode servir até como adubo."
O estudo já foi apresentado à Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) do Estado de São Paulo e à Vigilância Sanitária federal.
A Prefeitura de São José do Rio Preto foi a pioneira na campanha de difusão da informação sobre a borra de café como veneno contra o anti-Aedes. Naquele município, estão sendo distribuídos folhetos explicativos sobre o uso da borra.
Outra forma simples e caseira de combate é diluir uma colher de chá de água sanitária em um litro de água e borrifar nas plantas e nos vasos. O procedimento não causa danos às plantas.
OS SINTOMAS
Depois de três dias após a picada, a pessoa começa a ter febre, dor de cabeça (na região ocular principalmente), dor nos ossos, prostração, vômito, diarréia, falta de apetite e erupções na pele.
A dengue hemorrágica surge de três a cinco dias depois do aparecimento dos primeiros sintomas. O doente tem uma súbita melhora e a febre desaparece.
Em questão de horas, a febre volta, seguida por suores, pele pálida, frieza nas extremidades (mãos, pés, nariz ), dor de garganta, pulso fraco e queda de pressão, além de dores no estômago e abaixo das costelas.
O QUE FAZER?
Quem apresentar um desses sintomas, que é parecido com a gripe ou resfriado, deve imediatamente, procurar orientação médica, fazer repouso, beber muito líquido, em doses pequenas, mas repetidas, em espaços curtos de tempo.
E atenção! A pessoa não deve se automedicar. Não tomar remédio do tipo aspirina, à base de ácido acetilsalicílico e dipirona (novalgina), antitérmicos e analgésicos, para baixar a febre ou aliviar as dores. Tais medicamentos aumentam o risco de sangramento e prejudicam o tratamento e a cura, podendo levar os pacientes para a dengue do tipo hemorrágico.
RECEITAS CASEIRAS
1) diluir uma colher de chá de água sanitária em um litro de água e borrifar nas plantas e nos vasos. O procedimento não causa danos às plantas.
2) sal, vinagre, pimenta e orégano também matam o mosquito é o que afirma o biólogo Carlos Fernando Andrade, professor doutor de zoologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estuda a dengue há 15 anos, Estas substâncias têm o mesmo resultado da cafeína, dependendo da quantidade.
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